Com ciclovia, número de pessoas pedalando na Eliseu de Almeida dispara
Giuliana Pompeu
Na última terça-feira (12), a Ciclocidade realizou mais uma contagem de ciclistas na ciclovia da avenida Eliseu de Almeida, zona oeste de São Paulo. O levantamento, que começou logo pela manhã, às seis horas, seguiu até às oito horas da noite e computou um aumento de 40% no número de ciclistas em comparação ao ano de 2014.
Um total de 1245 pessoas passaram pedalando no local ao longo do dia. Em relação a 2010, quando não havia ciclovia, o aumento é de impressionantes 121,9%.
Os números obtidos pela pesquisa afirmam a crescente presença de ciclistas nas ruas da capital paulistana. Mais que isso, comprovam com dados concretos que estruturas cicloviárias trazem mais segurança e atraem mais pessoas para o pedal. Especialmente mulheres e crianças.
O levantamento feito na Eliseu nesta terça também registra um aumento da proporção de ciclistas do sexo feminino. Elas representam hoje 11% do total – em 2014 eram 9%. Vale lembrar que esse percentual se aproxima aos 13% de presença feminina na ciclovia da Faria Lima.
Em números absolutos, isso significa mais 79 mulheres se locomovendo de bicicleta a partir de 2015. Se comparadas as contagens desse ano e a primeira, feita em 2010, esse aumento é de nove por cento, 130 mulheres.
Taboão da Serra, centro e Morumbi, eram os destinos e partidas dos ciclistas, regiões consideradas por alguns distantes para se locomover de bicicleta. Mas, que segundo os números e horários de pico observados, demonstram o crescente uso da bicicleta como modal de transporte, também para percursos maiores.
Os turnos de duas horas com maior fluxo de ciclistas, são os das seis às oito da manhã e os das 16h às 18h. Se comparados ao menor fluxo registrado, das 10h ao meio dia (103 ciclistas), em porcentagem e respectivamente, esses turnos tem um aumento de 189% e 111% (mais de 195 e 115 ciclistas).
Para Tais Balieiro, Diretora de Pesquisa da Ciclocidade: “O que eu acho mais bacana do histórico de contagens da Eliseu é o crescimento do número de mulheres pedalando. Tem muitas senhoras pedalando, mães acompanhando os filhos à escola, mulheres indo ao trabalho e até meninas de skate indo para a escola. A ciclovia da Eliseu trouxe pessoas à avenida e diversificou notavelmente o tipo de ciclista.
É um exemplo claríssimo de como uma infraestrutura deste tipo muda um ambiente que antes era hostil, em LUGAR, com crianças na rua, gente caminhando e cada vez mais ciclistas.”
Em breve, a Associação dos Ciclistas Urbanos de São Paulo divulgará as imagens dos gráficos completos. No site da Ciclocidade, é possível conferir os relatórios de outras contagens feitas pela associação.
Fonte: Portal Bike É Legal.