ciclocidade

Cresce o número de paulistanos que usaria bicicleta como meio de transporte

 

Em pesquisa feita este ano aumentou de 18% para 40% pessoas que fizeram afirmação

 

Luciana Sarmento, do R7

 

 

Nesta véspera do Dia Mundial sem Carro, a rede Nossa São Paulo divulgou a quinta edição da pesquisa que leva o mesmo nome da data. O levantamento aponta que 40% dos entrevistados trocaria o carro pela bicicleta como meio de transporte caso houvesse mais segurança para o ciclista. No ano passado, a afirmação foi feita por apenas 18% dos entrevistados.

 

Para o diretor da Associação dos Ciclistas Urbanos de São Paulo, Matias Mickenhagen, a falta de segurança no trânsito da cidade é geral. Segundo ele, entre os principais problemas enfrentados pelos ciclistas estão ciclovias mal planejadas e o excesso de carros nas ruas.

 

– Está todo mundo tentando se impor em um espaço limitado, que é a rua. A ciclovia da avenida Sumaré, por exemplo, é dentro do canteiro central e não tem nenhum farol. Ou seja, você está o tempo inteiro longe do comércio.

 

Mickenhagen destaca também o perigo em outros pontos da cidade, como as pontes que cruzam as marginais Tietê e Pinheiros.

 

– Você não consegue atravessar uma ponte se não tiver de carro. Não tem faixa de pedestres e a velocidade dos carros é alta.

 

Uma projeção feita pelo consultor e mestre em transportes, Sergio Ejzenberg, aponta que, em 2020, só a frota de carros e motos, sem contar ônibus, micro-ônibus, caminhões etc, chegará aos cerca de 8 milhões.

 

Segundo ele, para que a cidade não entre em colapso, o uso do carro deverá ficar restrito às atividades de lazer e compras, feitas basicamente aos fins de semana e fora dos horários de pico do trânsito.

 

Na pesquisa da rede Nossa São Paulo, subiu de 12% em 2010 para 29% em 2011 o número de entrevistados que, se houvesse mais e melhores corredores, optariam pelo ônibus com meio de transporte alternativo. Este ano, caiu para zero o número de entrevistados que disse que nada os faria andar de ônibus. Em 2010, 21% fizeram a afirmação.

 

 

FONTE

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