Mais um momento pra bicicletada acordar!
Frente a mais um assassinato de uma ciclista por culpa da imprudência no trânsito precisamos nos organizar!
Sexta-feira. 2 de março de 2012. Av. Paulista. Ciclista atropelada.
Toda última sexta-feira do mês. 20hrs. Av. Paulista. Bicicletada.
Criada em momentos de resistência e luta por direitos, a Bicicletada encontrou, ao longo dos anos, sua força. Reune todo mês cerca de 700 ciclistas no coração econômico da América Latina. Pára as ruas, dá visibilidade, mobiliza pessoas e teima em não se assumir como movimento político.
Organizada cada vez mais somente pela internet, não organiza mais os trajetos de forma horizontal. O momento de concentração da Bicicletada (das 18hrs às 20hrs) deveria ser um espaço aberto para a construção horizontal do movimento. Decidir trajetos, conversar e pensar ações.
Da Bicicletada surgiram iniciativas incríveis como o Coletivo Pedalinas e o Bike Anjo. Também é conquista a criação do Ciclocidade. Mas onde estamos falhando? Onde está a lacuna que separa os 700 ciclistas mobilizados todos os meses das ações de pressão sobre órgãos públicos.
A felicidade da Bicicletada se pauta em Ciclofaixas de domingos e bicicletários que fecham às 22 horas, reforçando que a bicicleta é instrumento de lazer e não de transporte.
Em momentos de crise todxs se irritam, indignam, gritam e param a Paulista. Mas por que só em momentos de crise? De morte? Onde as pessoas não conseguem entender que a Bicicletada é um evento político e tem sua força?
Enquanto a Bicicletada continuar sendo um passeio cheio de luzinhas pelas ruas de São Paulo e não entender que precisa sim de fóruns de decisão e ação, seguiremos chorando e piscando luzinhas.