São Paulo além das pontes mostra mais de mil bicicletas em contagem da Ciclocidade
WILLIAN CRUZ
No dia 10 de setembro de 2013, uma terça-feira, a Ciclocidade (Associação de Ciclistas Urbanos de São Paulo) realizou mais uma contagem de ciclistas na capital paulista, dessa vez na Av. Inajar de Souza. O trabalho foi realizado das 5h da manhã até as 20h e contabilizou 1317 pessoas passando em bicicletas – um número que certamente seria muito maior se houvesse segurança para atravessar as pontes e chegar ao centro da cidade.
Roberson Miguel, um dos voluntários que trabalhou nessa atividade, conta que o volume na parte da manhã foi maior do que à tarde. “Provavelmente as pessoas voltaram por outro caminho”, pondera.
A avenida tem um passeio no canteiro central, usado de forma compartilhada com pedestres, porém sem sinalização de ciclovia, o que acaba oferecendo risco nos cruzamentos e conversões. E ainda há um trecho de cerca de 3km da via sem essa área segregada, destaca Roberson.
A contagem faz parte das atividades da associação relacionadas à Semana da Mobilidade e ao Dia Mundial Sem Carro. As demais atividades estão sendo inseridas na Cicloagenda do Vá de Bike.
Perigo na ponte
As pessoas que passam por essa avenida em direção ao chamado “centro expandido” da cidade precisam cruzar a Ponte da Freguesia do Ó, um ponto de risco para os ciclistas devido à falta de sinalização específica e à estrutura de alça de acesso. Entretanto, é uma travessia que precisa ser vencida também por quem se desloca de bicicleta. Não há alternativa segura para se chegar ao centro expandido.
As pontes são um problema grave que precisa ser resolvido com urgência pela Prefeitura de São Paulo. Milhares (milhões?) de pessoas fazem uso delas diariamente, a pé e de bicicleta, sem haver estrutura e sinalização que protejam suas vidas. Essas travessias precisam ser revistas pela Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), mesmo que de forma emergencial, enquanto se estuda uma solução definitiva. Não dá mais para esperar.