Lançamento Bicicletário Modelo
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Ciclocidade lança Cadernos Bicicletário Modelo Vol. 1 e Vol. 2

Projeto mapeou territórios estratégicos para a instalação de equipamentos autogeridos na capital

A Ciclocidade lançou no dia 8 de abril, em evento online, os Cadernos Bicicletário Modelo Vol. 1 e Vol 2, estudo inédito realizado com apoio do Itaú. O projeto tem como objetivo contribuir com o planejamento, implementação e a gestão dos bicicletários em São Paulo por meio da promoção da intermodalidade, da cultura da bicicleta e de propostas de modelos de negócios sociais que tornem esses equipamentos sustentáveis. Para isso, a pesquisa contou com 14 especialistas de diferentes áreas do conhecimento:

Coordenação Geral: Aline Cavalcante e Yuri Vasquez;

Coordenação de Pesquisa: Haydee Svab;

Consultoria Técnica: Flavio Soares;

Equipe de Pesquisa: Alice Salerno, Fernanda Sugimoto, Gláucia Pereira, Guilherme Pucci, Gustavo Fuga, Jaqueline David, Juliana Trento, Kelly Fernandes, Maíra Berutti e Ricardo Martins.

“Buscamos, durante cerca de 6 meses de trabalho, trazer caminhos possíveis de negócios comunitários e também sugestões de potenciais territórios onde um piloto pudesse ser implantado na capital”, explica Yuri Vasquez, um dos coordenadores do projeto. “A pesquisa também contemplou os desenhos dessas estruturas e sua capacidade de adaptação com relação às demandas de cada local. Por isso, propusemos o conceito de bicicletários modulares, para incorporar flexibilidade ao plano”, completa.

Metodologia

Diante do desafio de realizar um projeto inédito, em que ainda não havia uma metodologia específica para que os resultados fossem alcançados, a equipe envolvida optou pela publicação de dois cadernos: o Vol. 1 traz a base metodológica que orientou os estudos. No Vol. 2, os resultados obtidos a partir do sistema especificado no caderno anterior. Haydee Svab, que coordenou a pesquisa, explica: “optamos por este caminho por acreditarmos que tornaria mais eficiente a visualização geral do projeto e também sua possível replicabilidade em outros contextos”. 

Para desenhar uma metodologia que apontasse uma direção para a tomada de decisão sobre onde implantar bicicletários na cidade de São Paulo, além da sua viabilidade enquanto negócio, o projeto foi dividido em 3 eixos. “O eixo 1 reflete o bicicletário e sua relação com o entorno imediato e a cidade, o eixo 2 traz o bicicletário como vetor de relações econômicas e sociais, e o eixo 3 trata do olhar para dentro do bicicletário em si”, explica Svab. 

Cada um destes eixos foi dividido em duas fases:

Eixo 1

Fase 1 – Perspectiva da Mobilidade Urbana: avaliação dos territórios com foco na demanda atual da bicicleta e potencial de migração modal levando em conta a oferta de trens, metrôs, terminais de ônibus e monotrilho; 

Fase 2 – Perspectiva do Urbanismo: avaliação das características de cada local avaliado na fase anterior – terrenos disponíveis, presença de ciclistas, caracterização das vias, zoneamento e uso do solo nas imediações dos terminais. 

Eixo 2

Fase 1 – Benchmark de Negócios Sociais: seleção e entrevistas com 11 iniciativas (de 6 cidades) que pudessem servir de inspiração de modelo de negócio social e comunitário;

Fase 2 – Modelo de Negócio: apresentação de estudos e sugestões de como viabilizar um bicicletário com modelo de negócio social e comunitário a partir dos resultados da fase anterior. 

EIXO 3

Fase 1 – Infraestrutura: pesquisas que contemplaram tipos de plantas, desenhos, projetos e modelações possíveis para a estruturação de um bicicletário; 

Fase 2 – Estimativa de Custos: desenvolvimento de um panorama financeiro de custos e orçamentação básica referente aos principais elementos que compõem a gestão e operação dos bicicletários, que podem variar em função da modulação, dos serviços oferecidos e dos modelos de financiamento adotados.

Potenciais territórios

Para o projeto, foram mapeadas em São Paulo 9 localidades próximas a terminais e estações de transporte público de média e alta capacidade que não possuem esse tipo de infraestrutura. Em um segundo momento, houve uma classificação destes territórios, que levou em conta a oferta de ciclovias, a topografia do entorno, a demanda existente e o uso do solo para estacionamento de curta duração.

A pesquisa utilizou cálculos baseados nos critérios citados acima para destacar 3 localidades com potencial para a instalação de um bicicletário modelo: as estações Guaianases, Capão Redondo e Santo Amaro. Porém, a depender da disponibilidade de terrenos, articulações socioculturais locais e outros fatores que possam influir na implantação e gestão dos bicicletários, que podem agregar também fatores referentes ao modelo de negócio, a estação Barra Funda figura como uma quarta sugestão de território.

Confira abaixo a programação do evento de lançamento, que está disponível na íntegra em nosso canal no YouTube:

Acesse os cadernos:

Caderno Metodológico Bicicletário Modelo Vol. 1 | Caderno Metodológico Bicicletário Modelo Vol. 1 (web)
Caderno Resultados Bicicletário Modelo Vol. 2 | Caderno Resultados Bicicletário Modelo Vol. 2 (web)

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