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Ciclocidade elege diretoria para o biênio de julho-2016 a julho-2018

 

A prestação das contas relativas a 2015 e início de 2016 também foi aprovada pela Assembleia. O detalhamento do balanço será submetido ao Conselho Fiscal e estará disponível em breve no site da associação

Associadas e associados da Ciclocidade se reuniram no último sábado (2/7) para despedir-se da diretoria formada por Gabriel di Pierro (geral), Maira Bombachini (financeira) e Carlos Lopes (administrativo) e eleger a nova chapa que ficará à frente da associação no biênio de julho-2016 a julho-2018.

Ao início da assembleia, a triste notícia da morte de Detinha Son, ciclista de Vitória (ES), amiga pessoal de muit@s de nós e voluntária aguerrida no Bicicultura 2016, espalhou-se como um sussurro, silenciando cada pessoa que chegava. Silvia Ballan, Vera Penteado e Carlos Crow puxaram uma homenagem e fizemos, de forma ainda atordoada, nosso um minuto de silêncio.

Iniciando a sessão, Gabriel di Pierro fez uma retomada dos trabalhos dos dois últimos anos, nos quais a Ciclocidade também teve à frente, como diretoria extendida, Daniel Guth (participação), Tais Balieiro (pesquisa), Mathias Fingerman e Aline Cavalcante (cultura e formação).

Gabriel citou como uma das principais bandeiras a “abertura da associação para os grupos de trabalho, possibilitando uma associação para muito@s em vez de para pouc@s”. Com a criação do Conselho Municipal de Trânsito e Transporte (CMTT), ao final de 2013, a forma como atuamos também mudou, frente a uma gestão municipal que havia anunciado a criação dos 400km e de espaços de participação.

“A gente precisava exercer coerção social e ocupamos esses espaços para exercê-la”, recapitulou Gabriel. “Plano de Mobilidade, Plano Diretor Estratégico, revisão da Lei de Zoneamento: conseguimos incidir em todos esses processos participativos, com conquistas muito significativas como a destinação do Fundurb, ou com ação nas pontes. O Ministério Público do Estado também tentou interditar as ciclovias e tivemos participação ativa em barrar esse processo”. Para ver em detalhes a atuação da Ciclocidade nos últimos dois anos, acesse a retrospectiva de 2014 e a retrospectiva de 2015.

Em 2016, tivemos ainda um prêmio da Transporte Ativo para a campanha Bicicleta faz bem ao Comércio, a disputa pela paridade de gênero no CMTT, além do gigantesco Bicicultura 2016, que envolveu diversas organizações e recebeu um público estimado em cerca de 10 mil pessoas.

“O Bicicultura 2016 foi a nossa última cartada como gestão”, brincou Gabriel. “O que dá pra ver desses últimos dois anos – com muita sorte, porque a conjuntura contribuiu – é que foram os dois anos dos mais intensos que a Ciclocidade já viveu. Sabendo que ainda falta muito, sabendo que também erramos, mas saímos satisfeitos como gestão, entregando uma associação forte, com o dobro de associados”, finalizou.

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Prestação de contas

A prestação das contas relativas ao ano de 2015 e início de 2016 foram apresentadas pelo diretor administrativo Carlos Lopes e aprovadas pela Assembleia e pelo Conselho Fiscal. Dado que o balanço financeiro não havia sido submetido previamente para que houvesse tempo hábil de análise, foi proposto que o conteúdo detalhado desta prestação de contas fosse encaminhado ao Conselho Fiscal. A proposta foi colocada em votação e aprovada por unanimidade.

O demonstrativo financeiro será publicado em nossa seção de contas abertas do site assim que o Conselho Fiscal o houver analisado.

Atenção: em uma versão anterior desta mesma matéria, havíamos publicado que uma nova Assembleia seria marcada exclusivamente para avaliar o balanço do último ano e meio. Havia, no entanto, um erro de interpretação da ata e o texto foi atualizado para refletir o que realmente ficou decidido, conforme se lê acima.

 

Nova chapa, novos desafios

A nova chapa, “Integração, expansão e energia humana”, concorreu como candidata única às eleições para a nova diretoria. Formada pelas diretoras e diretores Daniel Guth (geral), Melina Rombach (administrativa) e Rene Fernandes (financeiro), ela conta ainda com uma diretoria expandida formada por Leticia Lemos (pesquisa), Michel Will e Violeta Cunha (cultura e formação) e Gabriel di Pierro (participação), além de Anita Delmonte para a recém criada Coordenação de Associação (antes um Grupo de Trabalho).

Como haviam sido apresentadas em reunião aberta na segunda-feira (27/6) e publicada em nossas redes na quinta-feira (30/6), as propostas e desafios para a nova gestão foram apresentadas de forma mais sucinta, mas podem ser encontradas na íntegra para consulta neste link.

 

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A eleição aconteceu de forma tranquila, conduzida pela comissão eleitoral formada por André Leme, Alexandre Ribeiro e Carlos Crow (acima, respectivamente). Houve ao todo 27 votantes, registrando 22 votos para a chapa, 3 em branco, 1 nulo e 1 voto não depositado, o que confirmou a eleição da chapa. Votaram apenas associadas e associados com status ativo, conforme listagem impressa para que tod@s pudessem conferir.

 

Considerações sobre os novos desafios

Sobre as propostas, houve apenas três novas considerações. Thiago Benicchio, ex-diretor geral da Ciclocidade, perguntou sobre como agir na Região Metropolitana de São Paulo, em vez de apenas na cidade, como originalmente é o escopo de atuação da Ciclocidade. Melina Rombach respondeu que o surgimento do Plano de Desenvolvimento Urbano Integrado (PDUI) será aberto em breve para a participação da sociedade civil, e que fará sentido usarmos esse momento para pautar um plano cicloviário para a região metropolitana, pois temos um acúmulo para participar e fortalecer algo assim. Daniel Guth completou que, pelo novo Estatuto da Metrópole, a região metropolitana tem seus próprios desafios e, além disso, a estrutura cicloviária que vem de São Paulo está chegando e batendo à porta dos municípios vizinhos. “O melhor exemplo disso é Taboão da Serra, onde a Prefeitura barrou a ciclovia”, disse.

Cyra Malta registrou que a ideia de criar um Conselho Consultivo, formado por ex diretoras e diretores da Ciclocidade, além de notáveis com participação reconhecida no mundo da bicicleta, ainda precisa amadurecer. Criar tal conselho requer uma alteração de estatuto.

Finalmente, Vera Penteado perguntou o que se pretende fazer com relação a grupos noturnos de bicicleta, pois há mais de 300 atuantes em São Paulo. Anita Delmonte respondeu que seria possível incluir tais grupos ao pensar em uma campanha de associação. Daniel Guth complementou que a diretoria de Cultura e Formação de Ciclistas poderia elaborar alguma proposta, ouvindo a experiência que pessoas como a própria Vera Penteado, Renata Falzoni, Teresa D’Aprile possuem.

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