Como foi a Oficina Temática Mobilidade e Territórios – corpo político no combate ao racismo

O bate papo Mobilidade e Territórios corpo político no combate ao Racismo, ocorrido em 28 setembro na Oficina Mão na Roda, linkou a importância desses recortes nas pesquisas de Mobilidade,  elucidando aos presentes, que o que não consta em pesquisa está diretamente fora da construção possível de discussão para políticas públicas.  Glaucia Pereira da Multiplicidade com essa informação deu a ” pedalada” inicial no bate papo, provocando reflexões nos convidados e participantes,  e a questão O que é Mobilidade? Deu segmento ao bonde da discussão.

 

Glaucia Pereira – Multiplicidade

Há um ano e meio foi enfim desenvolvido na Unifesp ZL, o Instituto das Cidades para abordar crises recentes e pesquisas sobre:soluções para mobilidade, água e saneamento, moradia, violência, entre outros. O prof Dr. Ricardo Barbosa, juntamente com uma equipe qualificada, em sua maioria oriundos da Zona Leste da capital paulista, trazem o assunto sobre Mobilidade  de maneira inter relacionada com diversos enfoques sociais, e com esse olhar acadêmico e local, discussões e possibilidades de encaminhamento sobre a ” mobilidade cerceada da população periférica”.

 

 

Prof. Dr. Ricardo Barbosa

Seguindo o fluxo, o cofundador do Giro Preto, Ricardo Machado pôs em pauta a realidade da não Mobilidade em liberdade do Povo Preto, aonde o pedalar é diretamente implicado e relacionado a essa parte da população como ” transporte e trabalho “. O Giro Preto, coletivo de pedal para ciclistas negros e negras com a proposta de curtir a Cidade, ocupar a Cidade saboreando estar nela, e encontra nestes caminhos entraves e por inúmeras vezes questionamentos do ” que vocês  estão fazendo”.

 

Ricardo Machado – Giro Preto

Mediando e concluindo o encontro, proposto por Jo Pereira, diretora geral da Ciclocidade  e idealizadora nos projetos Pedal na Quebrada e Mapa Pedal Afetivo, pontuou a importância do encontro e o combate necessário e perene, visto que em maio deste ano- 2019, a própria sofreu racismo da Yellow/Grow, sem nenhuma reparação ou retratação para com ela. E como cicloativista e dentro dos recortes majoritários de exclusão  , acredita e tem construído pontes cada vez mais estreitas com atores e atrizes que sofrem o Racismo, e a sociedade que ainda não enxerga prioridades na discussão dessa violência.
E preciso discutir e encaminhar soluções, numa junção de partícipes para uma sociedade em busca de soluções, e muito acolhimento do que ainda é posto de maneira violenta e perniciosa contra populações periféricas, pobres e na maioria, Negra.

 

Jô Pereira – Diretora Geral da Ciclocidade
O encontro também contou com uma oficina para customização de coletes.

 

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