#GTGenero lança resultados da pesquisa “Mobilidade por Bicicleta e os Desafios das Mulheres de São Paulo”
Clique para baixar o Arquivo de apresentação da pesquisa. Clique para baixar a Planilha com os Dados Iniciais, em XLSX. |
No último dia 21/9, véspera do Dia Mundial Sem Carro, o Grupo de Trabalho de Gênero da Ciclocidade lançou os resultados da pesquisa “Mobilidade por Bicicleta e os Desafios das Mulheres de São Paulo” diante de um auditório do Sindicato dos Arquitetos do Estado de São Paulo cheio.
Elaborada, conduzida e analisada por pesquisadoras mulheres, o levantamento é um marco para compreender o perfil e os principais desafios das mulheres que usam a bicicleta como meio de transporte em São Paulo, identificando os possíveis entraves para adoção desse modo por elas. Coordenaram a pesquisa Leticia Leticia Lindenberg Lemos, diretora de pesquisa da Ciclocidade, Marina Harkot e Priscila Costa, integrantes do Grupo de Trabalho de Gênero.
Ao todo, foram 334 entrevistadas in loco, sendo 128 com ciclistas e 206 com não ciclistas, tendo uma amostra mínima de 5 entrevistadas ciclistas e 5 não ciclistas em cada uma das 32 subprefeituras da capital paulista. O fato de as entrevistas serem feitas exclusivamente por mulheres também permitiu maior abertura por parte de quem dava o depoimento, permitindo compreender melhor as especificidades de cada local.
As entrevistas foram conduzidas entre os dias 27/6 a 15/7 ao longo de turnos das 7h às 11h, das 11h às 15h e das 15h às 19h, em áreas com infraestrutura cicloviária; em entrada e saída de bicicletários; entrada e saída de escolas públicas (em aula); supermercados locais, bicicletarias locais; CEUs e Centro comunitários. Coletivos de ciclistas de cada região também foram contatados para buscar recomendações locais.
Historicamente, poucos dados relacionados a mulheres e bicicleta em São Paulo estão disponíveis, e mesmo as escassas informações confirmam uma enorme diferença entre o número de homens e mulheres pedalando pela cidade. Um levantamento do histórico de contagens de ciclistas feitas pela Ciclocidade até março de 2015 apontou uma média de menos de 6% mulheres ciclistas; já nas pesquisas realizadas pelo Metrô, a quantidade de viagens realizadas por mulheres não passa de 20%.
A verdade é que não sabemos ao certo qual a proporção de mulheres ciclistas, pois o percentual oscila conforme a metodologia ou os pontos de coleta de informações.
A elaboração da pesquisa “Mobilidade por bicicleta e os desafios das mulheres de São Paulo” foi um processo formativo de amadurecimento coletivo e lento, que decolou em 2016, com o planejamento anual da Ciclocidade em priorizá-la como a pesquisa inédita a ser lançada este ano.
Equipe:
Coordenação: Letícia Lemos, Marina Harkot e Priscila Costa
Pesquisadoras: Ana Paula Prado, Andressa Romanek, Amanda Carneiro, Clarice Rodrigues, Emmily Leandro, Isabel Martin, Larissa Lobo, Lilian Ferreira, Lyzandra Martins, Márcia Endrighi, Melina Rombach, Priscila Costa, Raquel Schein, Renata Eloah, Thaís Grottim
Comunicação: Flávio Soares, Marcela Duarte e Renata Senlle
Design e Diagramação: Nathalia Miranda
https://www.youtube.com/watch?v=tbAmY54gUEc
Lançamento da pesquisa “Mobilidade por Bicicleta e os Desafios das Mulheres de São Paulo”
Com Leticia Leticia Lindenberg Lemos, Marina Harkot e Pris Cila Costa. Apresentação das impressões do campo com as pesquisadoras Andressa Romanek e Amanda Carneiro.
Mesa de debates:
Hannah Arcuschin Machado – Arquiteta urbanista e ciclista, é coordenadora de desenho urbano e mobilidade da Iniciativa Bloomberg para a Segurança Global no Trânsito, em parceria com a Prefeitura de São Paulo.
Patrícia Pagu – Socióloga, formada pela USP, pós-graduada em relações entre Poder Legislativo e Democracia no Brasil, coordenadora de Participação e Controle Social, da Secretaria Municipal de Políticas para as Mulheres, militante feminista e do movimento indígena.
Regiane Soares – Estudante de ciências sociais da Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo (FESPSP), militante e feminista negra.
Suzana Nogueira – Arquiteta urbanista e ciclista, coordena o Departamento Cicloviário da CET (Companhia de Engenharia de Tráfego de São Paulo) supervisionando a implantação da rede cicloviária de São Paulo.
Stephanie Ribeiro – Estudante de Arquitetura e Urbanismo na PUC Campinas, escritora e ativista feminista negra.