Pesquisa Grupos de Pedal na Grande São Paulo – Relatório completo
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Índice
Apresentação
Realização
Principais informações da pesquisa
1. Objetivos da pesquisa
2. Metodologia
3. Amostra da pesquisa
4. Caracterização dos grupos de pedal da Grande São Paulo
5. Perfil dos participantes dos grupos de pedal da Grande São Paulo
6. Percepções
7. Bibliografias/referências
8. Anexos
Os grupos de pedal se fixaram como uma manifestação da cultura da bicicleta na Grande São Paulo, desde os mais antigos, fundados nos anos 1980, até os mais novos, que surgiram com crescimento do uso de bicicletas como meio de transporte.
A pesquisa “Grupos de Pedal na Grande São Paulo”, um levantamento inédito sobre este recorte da cultura da bicicleta na cidade, tem por objetivo explorar esse universo cultural, identificando características mas também o perfil, o comportamento, a relação com a bicicleta e a opinião de quem participa desses encontros periódicos de pedal.
Tais informações contribuem com conceituação e qualificação do uso da bicicleta na Grande São Paulo e podem auxiliar no planejamento de ações e na construção de políticas públicas de mobilidade urbana inclusivas aos ciclistas. A pesquisa “Grupos de Pedal na Grande São Paulo” é uma realização do Sesc Santo André em parceria com a Associação dos Ciclistas Urbanos de São Paulo (Ciclocidade) e o portal Bike é Legal.
Sesc Santo André – Desenvolve ações de educação informal e permanentes com intuito de valorizar as pessoas ao estimular a autonomia pessoal, a interação e o contato com expressões e modos diversos de pensar, agir e sentir. http://www.sesc.com.br/santoandre
Ciclocidade – Associação sem fins lucrativos que considera a bicicleta um instrumento de transformação urbana, social e humana. Possui três eixos de atuação: participação (estabelece relações com organizações da sociedade civil e com o poder público); pesquisa (levantamento, produção e difusão de informações, conhecimento e dados); e cultura e formação (desenvolve atividades, ações e eventos que propaguem a cultura da bicicleta e auxiliem na formação de ciclistas urbanos). https://www.ciclocidade.org.br
Bike é Legal – Portal sobre ciclismo, mobilidade urbana e sustentabilidade. Criado por Renata Falzoni, que pedala há 40 anos, o Bikeelegal.com mostra tudo sobre bicicleta: notícias, vídeos, fotos, artes, ideias, questionamentos, discussões e reivindicações. O site reúne ciclistas que são referência sobre o tema no Brasil. http://www.bikeelegal.com.br
Coordenação geral: Michel Will
Programação e cruzamento de dados: Flavio Soares
Colaboradores: Daniel Guth, Julio Cesar Pereira Junior, Renata Falzoni, Leticia Lindenberg Lemos, Marina Harkot
Assessoria de imprensa e revisão: Marcela Duarte
Design: Giovana Pasquini
PRINCIPAIS INFORMAÇÕES DA PESQUISA
- 40% dos participantes de grupos de pedal da Grande São Paulo utilizam a bicicleta como meio de transporte ao menos uma vez por semana;
- 23% dos participantes de grupos de pedal da Grande São Paulo são mulheres;
- Estima-se que semanalmente os grupos de pedal mobilizem aproximadamente 9.300 ciclistas na Grande São Paulo;
- Os grupos de pedal funcionam como incubadoras de ciclistas que passam a utilizar a bicicleta como meio de transporte.
Características dos grupos de pedal
A maioria dos grupos de pedal foi criado a partir de 2010 (76,09%), não parte de bicicletarias ou lojas de bicicleta (82,61%), faz uma saída semanal (58,70%), tem entre 70% e 90% de homens e de 10% a 30% de mulheres (66,79%), mobiliza de cinco a 30 ciclistas (56,52%), concentra as saídas durante os dias da semana (66,32%) no período noturno (65,22%), tem grau de dificuldade moderado (64,15%), percorre mais que 31km (58%), e dura de uma a três horas (68,52%).
Perfil geral dos participantes dos grupos de pedal
O perfil geral dos participantes de grupos de pedal da Grande São Paulo é composto por homens (76,83%) brancos (73,24%), de 35 a 44 anos (39,12%), casados ou em união estável (59,88%), com escolaridade (70,91% são graduados) e com renda mensal entre cinco e dez salários mínimos (27,69%).
Hábitos dos participantes dos grupos de pedal
Participam uma vez por semana (37,01%), de um único grupo de pedal (64,09%), são motivados principalmente por questões ligadas à qualidade de vida e a um estilo de vida saudável (39,36%), não conheceram seus parceiros (as), namorados (as) ou esposo (a) nos grupos de pedal (69,51%), precisam conciliar demandas domésticas e familiares para participar dos grupos de pedal (35,51%), notaram melhora significativa na vida após começarem a participar dos grupos de pedal (98,10%) e possuem carro (78,90%).
Opinião dos participantes dos grupos de pedal
Fazem uma avaliação negativa das ciclovias e ciclofaixas das suas cidades (67,97%), se sentem pouco seguros ao pedalar na cidade (58%), se dividem na opinião sobre onde reside a segurança do ciclista (24,33% afirmam que a segurança está no comportamento dos condutores de veículos motorizados e 33,22% no comportamento do ciclista) e não conhecem o Plano de Mobilidade de suas cidades (67,43%).
Uso da bicicleta como meio de transporte entre os participantes dos grupos de pedal
Uma parcela significativa dos participantes de grupos de pedal (39,42%) faz uso da bicicleta como meio de transporte pelo menos uma vez por semana. Entre os que usam a bicicleta como meio de transporte, quase a metade o faz até três dias por semana (45,5%) há mais de dois anos (45,9%) por ser mais rápido, prático e saudável (45,78%), mesmas motivações apontadas para que continuem usando a bicicleta como meio de transporte (72,45%). Apontam que a falta de respeito dos condutores motorizados e a falta de infraestrutura adequada são os principais problemas enfrentados enquanto se locomovem de bicicleta (59,62%). Afirmam que pedalariam mais se houvesse mais infraestrutura cicloviária e mais segurança no trânsito (57,51%), não estiveram envolvidos em colisões ou atropelamentos nos últimos 3 anos (74,30%), não utilizam outro modal em combinação com a bicicleta (66,6%), e que os grupos de pedal influenciaram na opção de usar a bicicleta como meio de transporte (66,9%). O principal destino dos que usam a bicicleta como meio de transporte é o trabalho (77,99%). Os participantes de grupos de pedal que não usam a bicicleta como meio de transporte não o fazem devido à falta de segurança pública (33,22%) e falta de infraestrutura de paraciclos e vestiários (21,3%).
O principal objetivo é identificar características dos grupos de pedal da Grande São Paulo e identificar o perfil, o comportamento, a relação com a bicicleta e a opinião de quem participa dos grupos de pedal na Grande São Paulo.
São objetivos específicos da pesquisa: encurtar as distâncias que ainda existem entre os mais diversos usos de bicicleta na Grande São Paulo, quebrando preconceitos e destacando suas características próprias.
A pesquisa quantitativa e qualitativa teve caráter exploratório e utilizou os seguintes métodos para:
Consolidar a amostra e base de dados (outubro e novembro/2016)*:
- Formulário online (Google Forms) com perguntas fechadas de múltipla escolha e perguntas abertas para ser respondido por coordenadores de grupos de pedal, visando a levantar as características dos grupos. O link de acesso ao formulário foi enviado diretamente aos organizadores dos grupos de pedal da Grande São Paulo. O formulário permaneceu aberto durante 20 dias. O formulário pode ser encontrado nos anexos;
- Formulário online (Google Forms) com perguntas fechadas de múltipla escolha e perguntas abertas para ser respondido por participantes de grupos de pedal. O link de acesso ao formulário foi divulgado nas redes de contatos dos realizadores da pesquisa. O formulário permaneceu aberto durante dez dias. O formulário pode ser encontrado nos anexos.
* É importante mencionar que a metodologia de composição da amostra da pesquisa impõe vieses à análise dos dados pela natureza da coleta, que pode ocultar camadas da amostra pelo filtro da coleta online. As informações são exploratórias e cabem outras abordagens investigativas para aprofundar os temas tratados na pesquisa.
Preparar base de dados (novembro e dezembro/2016):
- Padronização manual de perguntas abertas e de perguntas que tinham a opção para inserir mais de uma alternativa;
- Definição dos quatro recortes da pesquisa: Grande São Paulo; São Paulo; Grande ABC e demais cidades da Grande São Paulo.
Processar os dados (novembro e dezembro/2016):
- Foi adotado o Pandas, uma biblioteca de análise de dados em Python, similar ao R. Os scripts criados nesta linguagem permitem automatizar a geração de gráficos e o cruzamento entre as respostas. O resultado da ação do script na base de dados da pesquisa são gráficos puros e gráficos obtidos a partir de cruzamentos das respostas.
Analisar as informações geradas pelos scripts (janeiro a agosto/2017):
- Reuniões presenciais e online de leitura, discussão e análise das informações da pesquisa entre coordenadores e colaboradores.
Tornar públicas as informações e os resultados da análise da pesquisa (setembro e outubro/2017):
- Redação de uma apresentação digital com as informações gerais consolidadas pela pesquisa;
- Apresentação das informações gerais consolidadas pela pesquisa em evento aberto no Sesc Santo André;
- Redação de um relatório da pesquisa com as informações da pesquisa e análise;
- Divulgação nos meios de comunicação tradicionais e relacionados à bicicleta.
A pesquisa foi divida em quatro recortes geográficos: Grande São Paulo; São Paulo; Grande ABC e demais cidades da Grande São Paulo (imagem 1).
Imagem 1 – Recortes geográficos da pesquisa
Para se atingir o objetivo, a pesquisa foi feita com duas amostras:
- Uma para identificar as características gerais dos grupos de pedal, composta por 46 coordenadores de grupos de pedal da Grande São Paulo: 34 de São Paulo (73,91%), dez do Grande ABC (21,74%) e dois de outras cidades do Grande ABC (4,35%);
- Outra para identificar perfil, hábitos e comportamentos dos participantes de grupos de pedal da Grande São Paulo, composta por 997 participantes. Desses, 586 são de São Paulo (58,78%), 319 do Grande ABC (32%) e 92 de outras cidades da Grande São Paulo (9,23%).
O detalhamento das amostras e as informações consolidadas a partir delas são apresentadas em dois blocos: Caracterização dos Grupos de Pedal da Grande São Paulo (item 4) e Perfil dos participantes de grupos de pedal da Grande São Paulo (item 5).
As amostras foram coletadas entre 24 de outubro e 12 de novembro de 2016 e analisadas entre janeiro e agosto de 2017.
4. CARACTERIZAÇÃO DOS GRUPOS DE PEDAL DA GRANDE SÃO PAULO
A seguir são apresentados detalhes da amostra de coordenadores de grupos de pedal e as informações que permitem caracterizar os grupos de pedal da Grande São Paulo.
4.1. Detalhes da amostra de coordenadores de grupos de pedal da Grande São Paulo:
4.1.1. Distribuição geográfica da amostra de coordenadores de grupos de pedal da Grande São Paulo.
Na Grande São Paulo, fizeram parte da amostra os coordenadores dos seguintes grupos de pedal:
Bike Clube SP, Bike Nature, Bike Rock Club, Bike N Beer, Brothers in Bikes, Brutos Bikes, CAB, Caminhos & Trilhas, Ciclista Formiguinha, Coletivo BiciMogi, Corujas Bike Team, Fúria Norte, Gobiking, Independente Pedal Clube, Ladies no Pedal, Lesmas Lerdas, Megabike, Não Somos de Açúcar, Olavo Bikers, Papa Estrada ZL, Passeios Ciclísticos em São Paulo, Pedal Bike Zona Sul, Pedal Ciclo Vida, Pedal Clipado, Pedal Paulista, Pedal São Bernardo, Pedal São Caetano, Pedal Social Club, Pedal Vila Olímpia, Pedal Voluntário, Pedala Bike, Pedala Corinthians, PedalAção, Pelotão das Minas, Pelotão do Joquei, Pelote da Remela, Power Bike, Q-Bike, Roda Presa, Saia na Noite, Sampa Bikers, Sintonia do Pedal, Solta o Freio – ABC Team, SP Bike, UaU Ciclismo e ZN Bike.
É importante frisar que esses 46 grupos de pedal não compõem o universo total de grupos da Grande São Paulo, mas uma amostra que permite caracterizar os grupos de pedal a partir da resposta de seus coordenadores. A partir das respostas dos participantes, no item 5, foram identificados 309 grupos na Grande São Paulo. Os 309 grupos são elencados no item 5.1.
Gráfico 1 – Distribuição geográfica em números absolutos da amostra dos grupos de pedal da Grande São Paulo
Gráfico 2 – Distribuição geográfica em porcentagem da amostra dos grupos de pedal da Grande São Paulo
4.1.2. Distribuição geográfica da amostra de coordenadores de grupos de pedal de São Paulo:
Em São Paulo, fizeram parte da amostra 34 coordenadores de grupos de pedal (gráfico 3). Desses, 41,18% são da Zona Sul; 23,53%, da Zona Leste; 17,65%, da Zona Oeste; 11,76%, da Zona Norte; e 5,88%, do Centro (gráfico 4).
- Zona Sul: Bike Clube SP, Bike Nature, Bike N Beer, Brutos Bikes, CAB, Caminhos & Trilhas, Gobiking, Pedal Bike Zona Sul, Pedal Paulista, Pedal Social Club, Pedala Bike – Bikers Vila Guarani, Roda Presa, Saia na Noite e Sampa Bikers;
- Zona Leste: Bike Rock Club, Ladies no Pedal, Não Somos de Açúcar, Papa Estrada ZL, Passeios Ciclísticos em São Paulo, Pedal Ciclo Vida, Pedal Voluntário, Pedala Corinthians, SP Bike e UaU Ciclismo;
- Zona Oeste: Olavo Bikers, Pedal Vila Olímpia, Pelotão das Minas, Pelotão do Joquei, Pelote da Remela e Q-Bike;
- Zona Norte: Fúria Norte, Megabike, Sintonia do Pedal e ZN Bike;
- Centro: Pedal Ciclo Vida e Pedal Voluntário.
Gráfico 3 – Distribuição geográfica em números absolutos da amostra dos grupos de pedal de São Paulo
Gráfico 4 – Distribuição geográfica em porcentagem da amostra dos grupos de pedal de São Paulo
4.1.3. Distribuição geográfica da amostra de coordenadores de grupos de pedal do Grande ABC:
No Grande ABC, fizeram parte da amostra dez coordenadores de grupos de pedal (gráfico 5). Desses, 40% são de Santo André; 30%, de São Bernardo do Campo; e 30%, de São Caetano do Sul (gráfico 6).
- Santo André: Brothers in Bikes, Ciclista Formiguinha, Corujas Bike Team e Lesmas Lerdas;
- São Bernardo do Campo: Pedal Clipado, Pedal São Bernardo e PedalAção;
- São Caetano do Sul: Independente Pedal Clube, Pedal São Caetano e Solta o Freio – ABC Team.
Gráfico 5 – Distribuição geográfica em números absolutos da amostra dos grupos de pedal do Grande ABC
Gráfico 6 – Distribuição geográfica em porcentagem da amostra dos grupos de pedal do Grande ABC
4.1.4. Distribuição geográfica da amostra dos grupos de pedal de outras cidades da Grande São Paulo:
Nas outras cidades da Grande São Paulo, fizeram parte da amostra dois coordenadores de grupos de pedal (gráfico 7). Desses, 50% são de Itapevi e 50%, de Mogi das Cruzes (gráfico 8).
- Itapevi: Power Bike;
- Mogi das Cruzes: Coletivo BiciMogi.
Gráfico 7 – Distribuição geográfica em números absolutos da amostra dos grupos de pedal de outras cidades da Grande São Paulo
Gráfico 8 – Distribuição geográfica em porcentagem da amostra dos grupos de pedal de outras cidades da Grande São Paulo
4.2 Características dos grupos de pedal da Grande São Paulo
4.2.1. Tempo do grupo:
Pergunta: Em que ano o grupo de pedal foi criado?
Entre os 46 grupos de pedal que responderam o formulário para organizadores/coordenadores, 76,09% foram criados a partir de 2010 (gráfico 9). Entre os 34 grupos de São Paulo, 20,59% foram criados nos anos 1980 e 1990. Todos os dez grupos do Grande ABC foram criados a partir de 2010 (gráfico 10).
Gráfico 9 – Período em que os grupos de pedal foram criados na Grande São Paulo
Gráfico 10 – Período em que os grupos de pedal foram criados em São Paulo e no Grande ABC
Tabela 1 – Base de dados referente ao período em que os grupos de pedal foram criados
4.2.2. Ponto de partida:
Pergunta: O ponto de partida é uma loja de bicicleta?
Entre os 46 grupos de pedal da Grande São Paulo, 17,39% se reúnem e iniciam o percurso em uma loja de bicicleta (gráfico 11). São Paulo concentra mais grupos de pedal com essa prática que o Grande ABC, com 20,59% contra 10% (gráfico 12).
Gráfico 11 – Ponto de partida em loja de bicicleta na Grande São Paulo
Gráfico 12 – Ponto de partida em loja de bicicleta em São Paulo e no Grande ABC
Tabela 2 – Base de dados referente ao ponto de partida em loja de bicicleta
4.2.3. Número médio de participantes:
Pergunta: Qual o número médio de participantes no grupo por saída?
Entre os 46 grupos de pedal da Grande São Paulo, 56,52% têm entre cinco e 30 participantes. Grupos com mais de 76 participantes representam 15,22% (gráfico 13). No comparativo entre os grupos de São Paulo e Grande ABC, pode-se notar que o Grande ABC concentra grupos com maior número de participantes. Grupos com mais de 51 participantes representam 20,58% em São Paulo e 40% no Grande ABC (gráfico 14).
Gráfico 13 – Número médio de participantes em grupos de pedal da Grande São Paulo
Gráfico 14 – Número médio de participantes em grupos de pedal de São Paulo e do Grande ABC
Tabela 3 – Base de dados referente ao número médio de participantes em grupos de pedal
4.2.4. Proporção entre homens e mulheres:
Pergunta: Qual a proporção média de homens e mulheres que participam do grupo?
Entre os 46 grupos de pedal da Grande São Paulo, 66,79% têm frequência de 70% a 90% de homens e de 10% a 30% de mulheres (gráficos 15). Quase 20% (19,57%) dos grupos de pedal têm paridade de gênero. Grupos com maioria de mulheres somam 6,51%. No Grande ABC, todos os grupos pesquisados têm equidade entre homens e mulheres ou maioria de homens (gráfico 16).
Gráfico 15 – Proporção entre homens e mulheres nos grupos de pedal da Grande São Paulo
Gráfico 16 – Proporção entre homens e mulheres nos grupos de pedal de São Paulo e do Grande ABC
Tabela 4 – Base de dados referente à proporção entre homens e mulheres nos grupos de pedal
4.2.5. Saídas por semana:
Pergunta: Quantas saídas o grupo faz por semana?
Entre os 46 grupos de pedal da Grande São Paulo, 58,70% fazem uma saída por semana (gráfico 17). Grupos com mais de três saídas semanais somam 23,91%. Entre os grupos pesquisados do Grande ABC, 40% fazem mais do que três saídas por semana (gráfico 18).
Gráfico 17 – Número de saídas por semana dos grupos de pedal da Grande São Paulo
Gráfico 18 – Número de saídas por semana dos grupos de pedal de São Paulo e do Grande ABC
Tabela 5 – Base de dados referente ao número de saídas por semana dos grupos de pedal
4.2.6. Dias da semana:
Pergunta: Em qual(is) dia(s) da semana ocorre(m) a(s) saída(s)?
Na questão que investigava em quais dias da semana os grupos de pedal fazem suas saídas, era possível selecionar alternativas livremente. Ou seja, caso o grupo faça mais de uma saída por semana, poderiam ser assinalados os dias correspondentes.
Entre os 46 grupos de pedal da Grande São Paulo, 33,68% realizam as saídas aos fins de semana e 66,32%, durante os dias da semana (gráfico 19). Entre os grupos de São Paulo, foi registrada uma atividade mais intensa durante o meio da semana (terça, quarta e quinta-feira) do que no Grande ABC: 52,24% em São Paulo contra 38,46% no Grande ABC (gráfico 20).
Gráfico 19 – Dias da semana em que ocorrem as saídas dos grupos de pedal da Grande São Paulo
Gráfico 20 – Dias da semana em que ocorrem as saídas dos grupos de pedal de São Paulo e do Grande ABC
Tabela 6 – Base de dados referente aos dias da semana em que ocorrem as saídas dos grupos de pedal
4.2.7. Horário das saídas:
Pergunta: Em geral, qual o horário da(s) saída(s)?
Entre os 46 grupos de pedal da Grande São Paulo, 28,26% realizam as saídas entre 5h e 8h; e 65,22% realizam suas saídas entre 17h e meia-noite (gráfico 21). Entre os Grupos de São Paulo, 24,47% realizam suas saídas entre 21h e meia-noite. No Grande ABC, todos os grupos iniciam o trajeto antes das 20h (gráfico 22).
Gráfico 21 – Horários em que ocorrem as saídas dos grupos de pedal da Grande São Paulo
Gráfico 22 – Horários em que ocorrem as saídas dos grupos de pedal de São Paulo e do Grande ABC
Tabela 7 – Base de dados referente ao horários em que ocorrem as saídas dos grupos de pedal
4.2.8. Nível de dificuldade do percurso:
Pergunta: Em geral, qual o nível de dificuldade do(s) percurso(s)?
Na questão que investigava o nível de dificuldade dos percursos realizados pelos grupos de pedal, era possível selecionar alternativas livremente. Ou seja, caso o grupo faça mais de uma saída por semana, poderia classificar os percursos escolhendo mais de uma alternativa.
Entre os 46 grupos de pedal da Grande São Paulo, 64,15% classificam a dificuldade dos percursos como moderada (gráfico 23). 26,42% classificam os percursos como fáceis e 9,43%, como difíceis. No Grande ABC, 38,46% classificam os percursos como fáceis; em São Paulo, 21,05% (gráfico 24).
Gráfico 23 – Nível de dificuldade dos percursos dos grupos de pedal da Grande São Paulo
Gráfico 24 – Nível de dificuldade dos percursos dos grupos de pedal de São Paulo e do Grande ABC
Tabela 8 – Base de dados referente ao nível de dificuldade dos percursos dos grupos de pedal
4.2.9. Extensão do percurso:
Pergunta: Qual a extensão média do(s) percurso(s) percorrido(s)?
Entre os 46 grupos de pedal da Grande São Paulo, 58% realizam percursos com 31km ou mais. Grupos que realizam trajetos de até 20km são 14% (gráfico 25). A maioria (66,66%) dos grupos pesquisados em São Paulo realiza trajetos de 31km ou mais. No Grande ABC, eles representam 41,67% (gráfico 26).
Gráfico 25 – Extensão média dos percursos dos grupos de pedal da Grande São Paulo
Gráfico 26 – Extensão média dos percursos dos grupos de pedal de São Paulo e do Grande ABC
Tabela 9 – Base de dados referente à extensão média dos percursos dos grupos de pedal
4.2.10. Duração do pedal:
Pergunta: Em média, qual o tempo de duração do pedal?
Entre os grupos de pedal pesquisados na Grande São Paulo, 68,52% fazem percursos de até três horas (gráfico 27). Entre os grupos de pedal do Grande ABC, 38,46% dos percursos duram até duas horas. Em São Paulo, grupos que fazem trajetos com mais de três horas representam 36,02%. No Grande ABC, eles são 15,32% (gráfico 28).
Gráfico 27 – Duração média dos percursos dos grupos de pedal da Grande São Paulo
Gráfico 28 – Duração média dos percursos dos grupos de pedal de São Paulo e do Grande ABC
Tabela 10 – Base de dados referente à duração média dos percursos dos grupos de pedal
5. PERFIL DOS PARTICIPANTES DE GRUPOS DE PEDAL DA GRANDE SÃO PAULO
A seguir são apresentados detalhes da amostra de participantes de grupos de pedal e as informações que permitem caracterizar o perfil de quem participa dos grupos de pedal da Grande São Paulo.
5.1. Detalhes da amostra de participantes de grupos de pedal da Grande São Paulo:
5.1.1. Distribuição geográfica da amostra de participantes de grupos de pedal da Grande São Paulo:
No total, 1.167 pessoas responderam o formulário online da pesquisa voltado aos participantes de grupos de pedal. Dessas, 170 respostas foram descartadas (14,6%), pois se referem a pessoas que não participam de grupos de pedal ou que não moram nas cidades da Grande São Paulo.
997 respostas fazem parte da amostra referente à Grande São Paulo, dessas: 586 respostas são de São Paulo (58,78%); 319 respostas são do Grande ABC (32%); e 92 respostas são das demais cidades da Grande São Paulo (9,23%) (gráficos 29 e 30).
Gráfico 29 – Respostas em números absolutos por recorte geográfico
Gráfico 30 – Respostas em porcentagem por recorte geográfico
A partir das respostas dos participantes de grupos de pedal, foram mapeados 309 grupos de pedal na Grande São Paulo: ABCD Bikers, Amassa Barro, Amigos da Bike, Amigos do ABC, Amigos do Cicloativo, Amigos do Mamute, Amigos do Pedal, Amigos HIS, Amigos Loucos por Bike, Amigos MTB, Anderson Bikes, Anjos do Asfalto, Arena Bike, ASCI Biker, Audaz, Backsite, Balakobike, Base Bike, Beep Beep, Belém Bikers, Bernô Bikers, Bicicletando com Amigos, Bicicletar Bom Retiro, Bicicletaria Grau Total, Bicicletaria GT, Bike N Beer, Bike Anima, Bike Anjas, Bike Box Guararema, Bike Chantecler, Bike Club Park Santana, Bike Clube SP, Bike é Saúde, Bike Emotion, Bike Extremo Sul, Bike Mauá, Bike Office, Bike Rock Club, Bike Rubber, Bike Runners, Bike Toor, Bike Tour SP, Bike Tour Taboão, Bike Valo Velho, Bike Velo, Bike Zona Leste, Bike Zona Sul, Bikeiros, Bikeloco, Bikeros Mogi das Cruzes, Bikers Catalunya, Bikers do Capão, Bikers Mooca Club, Bikers Santo André, Bikes Atibaia, Bio Ciclo Bikes, Biruta Bikers, Bola Cycling Santo André, Bonde da Vila Mariana, Booora Pedalar, Bora Nessa, Brasil Bike Emotion, Brasil Bikers, Brooklin Bike Café, Brother Team Bike, Brothers Oh Botões, CAB, Cachaça Bike, Caçula Bikers, Cadência, Caminho da Brutalidade, Caminhos e Trilhas, Caqui Biker, Carrera Fubike, Carreta Furacão, Catraca Bikers, Catraca do Pedal, Cavalaria Bike, CDP, Célula Bikers, Chiks, Ciclismo Diadema, Ciclista Formiguinha, Ciclistas Amadores, Ciclo Sato, Ciclo Sorriso, Ciclo Vida, Ciclo ZN, Cicloturismo e Aventuras, Clandestino, Clube de Ciclismo Quinta da Mantiqueira da ZN, Coletivo Bicimogi, Corrente do Pedal, Corujão Team, Corujas Bike Team, Cria Conexões, Cucarachas Bikers, D’Modena, Dark Ride, Diadema Bikers, Dinossauros ABC Bikes, Domingueiros, Dragon Bikers Perdizes, Empurra Bikers, Entre Amigos, Entre Outros Osasco, Equipe Lira de Ciclismo, Equipe Pedal Aventura, Equipe Superação, Equipe Todos Amigos, Expressinho, Família de Ciclistas Mogi, First Sunday, Fixed Gear SP, Fome de Estrada Bike Clube, Força Ciclística SBC, Força no Pedal, Fórmula Bike, Frangos Bikers, Friends, Fubike, Fúria Norte Bikers, Gangue Roda Torta, Gobiking, Grau Total Team, Grupo Surdos, Independente Pedal Clube, Indy Bike, Iniciantes e Enferrujados, JP Ciclismo, Kambitos Bikers, Konichiwa Bike, Lagartixas, Lesmas Lerdas Bike Club, Ley da Bike, Lobo Bikers, Loja Bikes.Com, Loko Bikers, Loop, Los Bikers ZL, Ludão Bike Team, Lúpulo, Macaca Team, Magreleiros, Marcha Lenta, Mega Bike Store, Mel Bikers, Metz, Mevilela, MM Bikes, Mogi Bikers, MZ, Na Rota do Pedal – Sesc Santo André, Não Somos de Açúcar (NSA), Night Bikers, Night Bikers de Embu das Artes, Novo Pedal, Núcleo Duro Bike, O Meu, Olavo Bikers, Opus 6, Os Trintões, OZ Bikers, PAC, Papa Estrada, Paulista Bikers, Pbikers, Pé de Bike, Pé no Pedal, Pedal Alternativo, Pedal Bike Velo, Pedal Bruto, Pedal Ciclo Vida, Pedal Clipado, Pedal com Gloss, Pedal da Feira, Pedal da Laje, Pedal da Serra, Pedal da Vila Madalena, Pedal de Peso, Pedal de São Caetano, Pedal Desocupados, Pedal Digital, Pedal do Centro, Pedal do Clan, Pedal do Dog, Pedal do Fubá, Pedal do Mãozinha, Pedal do Mestre, Pedal do Presidente, Pedal do Tio, Pedal dos Amigos (PDA), Pedal dos Sem Grupo, Pedal Indy, Pedal Inter, Pedal Livre, Pedal Mais, Pedal Max, Pedal na Veia, Pedal Noturno de SBC, Pedal Noturno de Suzano, Pedal Panela, Pedal Paulista, Pedal Pesado, Pedal Power Brooklin, Pedal PS, Pedal RB, Pedal Sanca, Pedal Santo André, Pedal Sapopemba, Pedal Selvagem, Pedal Sem Lei, Pedal Sem Pressa, Pedal Semi Elite, Pedal Sesc Belenzinho, Pedal Social Club, Pedal Sócrates, Pedal Tatuapé, Pedal Urbano, Pedal Verde, Pedal Vila Matilde, Pedal Vila Olímpia, Pedal Vira-latas, Pedal Voluntário, Pedal ZL, Pedal Zona Norte, Pedal Zona Sul, Pedala Cidadão, Pedala Cohab 2, Pedala Corinthians, Pedala Ipiranga, Pedala Itaquera, Pedala Mooca, Pedala RB, PedalAção, Pedalando entre Amigos, Pedalando por Jesus, Pedalapedal, Pedaleiros do Capão, Pediverde, Pelotão Coral, Pelotão das Minas, Pelotão de Elite – Cidade Tiradentes, Pelotão do Jockey, Pelote de Ramela, Pereira Bikers, Pernalongas, Petrini, Pirituba Bikers, Pitangas Bike, Polibikers, Porko Loko, Porpeta’s Bike Team, Power Bike, PP, Pragas do Asfalto, Primus Bike, PS Bike, PVM, Qbike, Quinta do Pedal, Reds ZN, Regis Bike, Relax Bike Club, Riders Bikers, Rock Bikers, Rockbikes, Roda Presa Zona Sul, Route Bike, Rudge Bikers, RVS, Saia na Noite, Sampa Bikers, Sampa Speed, Sanca, Sangue nos Zóio, Sem Destino Bike Club, Sem Grupo Definido, Semi Elite Team, Slow Motion, Slugs Bike Club, Só Pedal, Solta o Freio ABC Team, Somos Bike, SOS Ciclista, Speed Brothers ABC, Sports Bike, Star Bikers, Suicidas Imortais, Sunny Bike, Taboão Bike Tour, Tamu Junto Bike, Tartarugas, Tatu de Bike, The Bikers, Tranqueiras Bikers, Tribo do Pedal Selvagem, Trilha do Artesão Bike Group, Trilhos e Trilhas, Turma do Pedal, Tutto Bike, UaU Ciclismo, União ZN, Urban Velo, Vai na Terça, Velodrome, Vento a Favor e Xiiimanos.
5.1.2. Distribuição geográfica da amostra dos participantes de grupos de pedal de São Paulo:
A distribuição geográfica de participantes de São Paulo segue recortes baseados nas regiões administrativas definidas pela Prefeitura Municipal de São Paulo (gráficos 31 e 32):
- Região central – Sé (5,46%);
- Leste 1 – Ermelino Matarazzo; Itaquera; Penha; São Mateus (9,73%);
- Leste 2 – Cidade Tiradentes; Itaim Paulista; Guaianazes; São Miguel Paulista (2,73%);
- Sudeste – Aricanduva/Vila Formosa; Ipiranga; Mooca; Vila Prudente (18,60%);
- Oeste – Butantã; Lapa; Pinheiros (13,82%);
- Nordeste – Casa Verde; Jaçanã/Tremembé; Santana/Tucuruvi; Vila Maria/Vila Guilherme (8,70%);
- Noroeste – Freguesia do Ó/ Brasilândia; Perus; Pirituba/Jaraguá (1,2%);
- Centro-Sul – Jabaquara; Santo Amaro; Vila Mariana (21,84%);
- Sul – Campo Limpo; Capela do Socorro; Cidade Ademar; M’Boi Mirim; Parelheiros (9,39%);
- Os que não souberam informar somaram 51 respostas, que correspondem a 8,7%.
Gráfico 31 – Distribuição geográfica em números absolutos da amostra em São Paulo
Gráfico 32 – Distribuição geográfica em porcentagem da amostra em São Paulo
5.1.3. Distribuição geográfica da amostra dos participantes de grupos de pedal do Grande ABC:
A distribuição geográfica de participantes do Grande ABC segue recortes baseados nas sete cidades que compõem a região (gráficos 33 e 34):
- Santo André (40,44%);
- São Bernardo do Campo (32,29%);
- São Caetano do Sul (11,91%);
- Diadema (6,58%);
- Mauá (4,70%);
- Ribeirão Pires (3,13%);
- Rio Grande da Serra (0,54%).
Gráfico 33 – Distribuição geográfica em números absolutos da amostra do Grande ABC
Gráfico 34 – Distribuição geográfica em porcentagem da amostra do Grande ABC
5.1.4. Distribuição geográfica da amostra dos participantes de grupos de pedal das demais cidades da Grande São Paulo:
A distribuição geográfica dos participantes das outras cidades da Grande São Paulo segue recortes baseados nas cidades que compõem a região (gráficos 35 e 36):
- Arujá (2,17%);
- Barueri/Alphaville (2,17%);
- Biritiba Mirim (1,09%);
- Caieiras (1,09%);
- Cotia (1,09%);
- Embu-Guaçu (1,09%);
- Ferraz de Vasconcelos (1,09%);
- Franco da Rocha (1,09%);
- Guararema (7,61%);
- Guarulhos (3,26%);
- Itapecerica da Serra (7,61%);
- Itapevi (3,26%);
- Mogi das Cruzes (43,48%);
- Osasco (11,96%);
- Poá (1,09%);
- Santa Isabel (1,09%);
- Suzano (7,61%);
- Taboão da Serra (2,17%).
Dos 31 municípios que compõem a região, 13 não apresentaram respostas de participantes de grupos de pedal: Cajamar, Carapicuíba, Embu, Francisco Morato, Itaquaquecetuba, Jandira, Juquitiba, Mairiporã, Pirapora do Bom Jesus, Salesópolis, Santana do Parnaíba, São Lourenço da Serra e Vargem Grande Paulista.
Para análise dos dados referentes à Grande São Paulo, as 92 respostas das outras cidades da Grande São Paulo são consideradas na amostra; entretanto, as respostas deste recorte não são analisadas isoladamente ou comparadas, pois não oferecem representatividade.
Gráfico 35 – Distribuição geográfica em números absolutos da amostra das outras cidades da Grande São Paulo
Gráfico 36 – Distribuição geográfica em porcentagem da amostra das outras cidades da Grande São Paulo
5.2. Perfil dos participantes de grupos de pedal da Grande São Paulo:
Nesta seção, a pesquisa revela informações sobre idade, gênero, cor, estado civil, escolaridade, renda e se possuem carro, compondo o perfil geral dos ciclistas que participam dos grupos de pedal.
5.2.1. Idade:
Pergunta: Qual a sua idade?
A faixa etária em destaque dos participantes de grupos de pedal da Grande São Paulo é dos 35 aos 44 anos, correspondendo a 39,12% da amostra (gráfico 37). A maior parte dos participantes de grupos de pedal tem entre 25 e 54 anos, o que representa 89,48% das respostas. A participação de jovens é baixa: apenas 4,41% têm menos de 25 anos.
No comparativo entre São Paulo e Grande ABC, as concentrações seguem um padrão parecido nas três faixas com maior destaque, pois a diferença não ultrapassa 5,26 pontos percentuais (gráfico 38). Ao somar os percentuais correspondentes às três faixas de maior destaque de São Paulo, percebe-se que a imensa maioria (88,74%) tem entre 25 e 54 anos, resultado muito parecido ao do Grande ABC, de 91,22%, (a diferença é de apenas 2,48 pontos percentuais). No Grande ABC, os jovens com menos de 25 anos representam 5,95%; em São Paulo, 3,24%. Já São Paulo registra maior concentração de participantes com mais de 55 anos, de 8,02%; no Grande ABC são 2,39%.
Gráfico 37 – Faixa etária dos participantes de grupos de pedal da Grande São Paulo
Gráfico 38 – Faixa etária dos participantes de grupos de pedal em São Paulo e no Grande ABC
Tabela 11 – Base de dados referente à faixa etária dos participantes de grupos de pedal
5.2.2. Gênero:
Pergunta: Qual sua identidade de gênero?
Os grupos de pedal da Grande São Paulo são compostos por 76,83% de homens. Mulheres somam 23,17% (gráfico 39). No comparativo entre São Paulo e Grande ABC, as concentrações seguem padrões parecidos (gráfico 40). O Grande ABC registra um percentual ligeiramente maior de mulheres participando de grupos de pedal, de 4,18 pontos percentuais maior do que em São Paulo.
Ao cruzar as informações de gênero com a faixa etária na Grande São Paulo, nota-se que, entre as mulheres, 76,52% têm mais de 35 anos, enquanto que, entre os homens, a concentração na mesma faixa etária é de 40,52% (gráfico 41). Entre os homens, 4,79% têm menos de 25 anos e 29,16%, mais de 45 anos. Entre as mulheres, 3,04% têm menos de 25 anos e 35,65%, mais de 45 anos.
Gráfico 39 – Identidade de gênero dos participantes de grupos de pedal da Grande São Paulo
Gráfico 40 – Identidade de gênero dos participantes de grupos de pedal em São Paulo e no Grande ABC
Tabela 12 – Base de dados referente à identidade de gênero dos participantes de grupos de pedal da Grande São Paulo.
Gráfico 41 – Cruzamento: identidade de gênero e idade dos participantes de grupos de pedal da Grande São Paulo
5.2.3. Cor /raça:
Pergunta: Qual sua cor/raça?
Nos grupos de pedal da Grande São Paulo, a maioria dos participantes é branca, 73,22% (gráfico 42). Negros somam 2,41%; pardos, 14,94%; orientais, 9,23%; e indígenas, 0,2%. Os grupos do Grande ABC registram maior concentração de pardos, com 19,44%, do que os de São Paulo, com 11,95% (gráfico 43). Por sua vez, os grupos de São Paulo concentram mais orientais, com 11,09%, do que os grupos do Grande ABC, com 4,7%.
Ao cruzar as informações de gênero e cor na Grande São Paulo, observa-se que entre as mulheres apenas 0,87% são negras (gráfico 44).
Gráfico 42 – Cor dos participantes de grupos de pedal da Grande São Paulo
Gráfico 43 – Cor dos participantes de grupos de pedal de São Paulo e do Grande ABC
Tabela 13 – Base de dados referente à cor dos participantes de grupos de pedal
Gráfico 44 – Cruzamento: gênero e cor dos participantes de grupos de pedal da Grande São Paulo
5.2.4. Estado civil:
Pergunta: Qual é seu estado civil?
Nos grupos de pedal da Grande São Paulo a maioria dos participantes são casados ou em união estável (59,88%) (gráfico 45). Solteiros(as) representam 27,78%; desquitados(as), separados(as) ou divorciados(as), 12,04%; e viúvos(as), 0,30%. Na comparação entre São Paulo e Grande ABC, as concentrações seguem padrões parecidos, com diferença máxima de 2,34 pontos percentuais nas três faixas de maior destaque (gráfico 46).
Ao cruzar informações de gênero e estado civil dos participantes da Grande São Paulo, 34,78% das mulheres são casadas ou estão em união estável, enquanto entre os homens o índice sobe para 67,36% (gráfico 47). Ao realizar o mesmo cruzamento com os participantes de São Paulo, observa-se que 28,13% das mulheres são casadas ou estão em união estável, enquanto 67,47% dos homens estão na mesma situação (gráfico 48). No Grande ABC, 38,55% das mulheres são casadas ou estão em união estável; para os homens, o índice é de 68,09% (gráfico 49).
Gráfico 45 – Estado civil dos participantes de grupos de pedal da Grande São Paulo
Gráfico 46 – Estado civil dos participantes de grupos de pedal de São Paulo e do Grande ABC
Tabela 14 – Base de dados referente ao estado civil dos participantes de grupos de pedal
Gráfico 47 – Cruzamento: gênero e estado civil dos participantes de grupos de pedal da Grande São Paulo
Gráfico 48 – Cruzamento: gênero e estado civil dos participantes de grupos de pedal de São Paulo
Gráfico 49 – Cruzamento: gênero e estado civil dos participantes de grupos de pedal do Grande ABC
5.2.5. Escolaridade:
Pergunta: Qual sua escolaridade?
Entre os participantes de grupos de pedal da Grande São Paulo, 70,91% têm Ensino Superior completo ou Pós-Graduação completa (gráfico 50). Participantes sem escolaridade representam 1,20%; com Ensino Fundamental completo, 3,91%; com Ensino Médio completo, 14,64%; com Ensino Técnico completo, 9,13%. Na comparação entre São Paulo e Grande ABC, observa-se que há maior concentração de técnicos no Grande ABC, com 13,17%, e menor concentração de pós-graduados, com 20,69% (gráfico 51). Em São Paulo, há menor concentração de técnicos, que representam 6,31%, e maior concentração de pós-graduados, de 33,62%. Em São Paulo, graduados e pós-graduados somam 75,94%; no Grande ABC, 63,95%.
Ao cruzar gênero e escolaridade dos participantes de grupos de pedal na Grande São Paulo, temos que 83,42% das mulheres são graduadas ou pós-graduadas (gráfico 52). Entre os homens, o índice é de 67,50%. Em São Paulo, 84,38% das mulheres são graduadas ou pós-graduadas; mesmo nível de escolaridade de 73,58% dos homens (gráfico 53). No Grande ABC, o índice é de 78,41% para as mulheres e de 59,15% para os homens (gráfico 54).
No gráfico 55, pode-se observar os desvios de escolaridade a partir das faixas etárias dos participantes de grupos de pedal da Grande São Paulo.
Gráfico 50 – Escolaridade dos participantes de grupos de pedal da Grande São Paulo
Gráfico 51 – Escolaridade dos participantes de grupos de pedal de São Paulo e do Grande ABC
Tabela 15 – Base de dados referente à escolaridade dos participantes de grupos de pedal
Gráfico 52 – Cruzamento: gênero e escolaridade dos participantes de grupos de pedal da Grande São Paulo
Gráfico 53 – Cruzamento: gênero e escolaridade dos participantes de grupos de pedal de São Paulo
Gráfico 54 – Cruzamento: gênero e escolaridade dos participantes de grupos de pedal do Grande ABC
Gráfico 55 – Cruzamento: escolaridade e idade dos participantes de grupos de pedal da Grande São Paulo
5.2.6. Renda:
Pergunta: Qual sua renda mensal?
Entre os participantes de grupos de pedal da Grande São Paulo, 68,7% têm renda mensal a partir de três salários mínimos (gráfico 56). A faixa salarial preponderante é de três a cinco salários mínimos, com 21,66%. A faixa sem renda representa 8,53% dos participantes. Na comparação entre São Paulo e Grande ABC, observa-se que a concentração de participantes com renda acima de dez salários mínimos em São Paulo é 18,44%, enquanto no Grande ABC é de 12,85% (gráfico 57). No Grande ABC, a concentração de participantes sem renda é de 10,66% e em São Paulo, de 7,17%.
Ao cruzar gênero e renda dos participantes de grupos de pedal da Grande São Paulo, nota-se que 51,30% das mulheres ganham mais de cinco salários mínimos, índice de 45,81% para os homens (gráfico 58).
Gráfico 56 – Renda mensal dos participantes de grupos de pedal da Grande São Paulo
Gráfico 57 – Renda mensal dos participantes de grupos de pedal de São Paulo e do Grande ABC
Tabela 16 – Base de dados referente à renda mensal dos participantes de grupos de pedal
Gráfico 58 – Cruzamento: gênero e renda dos participantes de grupos de pedal da Grande São Paulo
5.2.7. Posse de automóvel:
Pergunta: Você possui um carro?
Entre os participantes de grupos de pedal da Grande São Paulo, 78,90% têm carro próprio (gráfico 59). Na comparação, o Grande ABC apresenta uma concentração de motorização superior à de São Paulo: 84,95% contra 76,28% (gráfico 60).
Gráfico 59 – Motorização dos participantes de grupos de pedal da Grande São Paulo
Gráfico 60 – Motorização dos participantes de grupos de pedal de São Paulo e do Grande ABC
Tabela 17 – Base de dados referente à motorização dos participantes de grupos de pedal
5.3. Hábitos, comportamento e motivações dos participantes de grupos de pedal da Grande São Paulo:
Esta seção da pesquisa revela informações sobre a frequência semanal, número de grupos de que participa, motivações para participar dos grupos, relacionamento entre participantes, conciliação de demandas domésticas e familiares e percepções de melhora na vida.
5.3.1. Frequência:
Pergunta: Quantas vezes por semana você participa de um grupo de pedal?
Entre os participantes de grupos de pedal da Grande São Paulo, 88,26% pedalam até três vezes por semana, sendo que 37,01% deles pedalam apenas uma vez por semana (gráfico 61). Já 4,92% afirmam que pedalam mais de cinco vezes por semana. Na comparação, São Paulo e Grande ABC seguem padrões parecidos (gráfico 62). A diferença mais significativa é registrada entre os que pedalam uma vez por semana: em São Paulo são 40,27% e no Grande ABC, 35,74%, uma diferença de 4,53 pontos percentuais.
Ao cruzar informações de gênero com a frequência de participação nos grupos de pedal da Grande São Paulo, nota-se que 37,78% dos homens pedalam três vezes ou mais por semana, índice de 27,82% das mulheres (gráfico 63). Entre as mulheres, 45,22% participam de grupos apenas uma vez por semana, enquanto esse índice é de 34,6% dos homens.
Gráfico 61 – Frequência dos participantes de grupos de pedal da Grande São Paulo
Gráfico 62 – Frequência dos participantes de grupos de pedal de São Paulo e do Grande ABC
Tabela 18 – Base de dados referente à frequência dos participantes de grupos de pedal
Gráfico 63 – Cruzamento: gênero e frequência semanal dos participantes de grupos de pedal da Grande São Paulo
5.3.2. Número de grupos de que participa:
Pergunta: Qual ou quais grupos de pedal você participa?
Aqui a pesquisa nomeia os grupos de pedal da Grande São Paulo. A partir das respostas, foram contabilizados os grupos de pedal de que a amostra participa.
Entre os participantes de grupos de pedal da Grande São Paulo, a maioria (64,09%) participa apenas de um grupo (gráfico 64). Outros 16,75% participam de mais de três grupos. No comparativo entre São Paulo e Grande ABC, os padrões são semelhantes: em São Paulo, a concentração dos que pedalam uma vez por semana é 3,86 pontos percentuais maior do que no Grande ABC (gráfico 65).
Gráfico 64 – Número de grupos de pedal de que participa na Grande São Paulo
Gráfico 65 – Número de grupos de pedal de que participa em São Paulo e no Grande ABC
Tabela 19 – Base de dados referente ao número de grupos de pedal de que participa
5.3.3. Motivações:
Pergunta: Qual ou quais foram as suas motivações para participar dos grupos de pedal?
Na questão que investigava as motivações para participar de um grupo de pedal, era possível selecionar até três alternativas.
Entre os participantes de grupos de pedal da Grande São Paulo, 39,36% afirmam que foram motivados por questões ligadas à saúde: busca de vida mais saudável e preocupação com saúde física e mental (gráfico 66). Os que afirmam que foram motivados pelo prazer de pedalar somam 19,18%, enquanto os motivados por questões relacionadas à amizade (fazer novas amizades, encontrar amigos) são 13,40%. Na comparação entre São Paulo e Grande ABC, as concentrações seguem padrões semelhantes (gráfico 67). O Grande ABC registra maior concentração de participantes que foram motivados pela busca de uma vida mais saudável (19,71%), e para melhorar o desempenho em outros esportes (4,23%).
Gráfico 66 – Motivações para participar dos um grupo de pedal na Grande São Paulo
Gráfico 67 – Motivações para participar de um grupo de pedal em São Paulo e no Grande ABC
Tabela 20 – Base de dados referente às motivações para participar dos grupos de pedal
5.3.4. Relacionamento:
Pergunta: Você conheceu seu(sua) parceiro(a), namorado(a) ou esposo(a) no grupo de pedal?
A questão revela se grupos de pedal colaboram com a formação de casais. Na Grande São Paulo, 5,92% dos participantes afirmam que conheceram seu parceiro(a), namorado(a) ou esposo(a) nos grupos de pedal (gráfico 68). Os grupos de São Paulo concentram mais participantes que conheceram seu parceiro(a), namorado(a) ou esposo(a) nos grupos de pedal (7%) do que no Grande ABC (4,39%) (gráfico 69).
Gráfico 68 – Parceiros(as), namorados(as) e casados(as) que se conheceram nos grupos de pedal da Grande São Paulo
Gráfico 69 – Parceiros(as), namorados(as) e casados(as) que se conheceram nos grupos de pedal de São Paulo e do Grande ABC
Tabela 21 – Base de dados referente a parceiros(as), namorados(as) e casados(as) que se conheceram nos grupos de pedal
5.3.5. Demandas domésticas e familiares:
Pergunta: Para pedalar no grupo de pedal você precisa conciliar demandas domésticas ou familiares?
Entre os participantes de grupos de pedal da Grande São Paulo, 35,51% afirmam que precisam conciliar muito as demandas domésticas e familiares para pedalar com o grupo (gráfico 70). 32,4% afirmam que precisam conciliar pouco as demandas domésticas e familiares para participar dos grupos de pedal. Observa-se que, no Grande ABC, 39,18% dos participantes alegam que precisam conciliar muito as demandas, enquanto em São Paulo são 34,64%, diferença de 4,54 pontos percentuais (gráfico 71). São Paulo registra uma certa equivalência entre os que precisam conciliar pouco (35,67%) e os que precisam conciliar muito (34,64%) as demandas domésticas e familiares.
Ao se cruzar informações de conciliação de demandas doméstica e familiares e gênero da Grande São Paulo, observa-se que, entre as mulheres, 32,61% afirmam que precisam conciliar muito as demandas domésticas e familiares para participar dos grupos de pedal, índice menor do que entre os homens, de 36,29% (gráfico 72).
No gráfico 73, pode-se observar o cruzamento de informações de renda e conciliação de demandas domésticas. De maneira geral, quanto maior a renda, maior é a necessidade conciliar as demandas domésticas e familiares.
Gráfico 70 – Conciliação de demandas domésticas e familiares dos participantes de grupos de pedal da Grande São Paulo
Gráfico 71 – Conciliação de demandas domésticas e familiares dos participantes de grupos de pedal de São Paulo e do Grande ABC
Tabela 22 – Base de dados referente à conciliação das demandas domésticas e familiares dos participantes de grupos de pedal
Gráfico 72 – Cruzamento: gênero e conciliação de demandas domésticas e familiares dos participantes de grupos de pedal da Grande São Paulo
Gráfico 73 – Cruzamento: renda e conciliação de demandas domésticas e familiares dos participantes de grupos de pedal da Grande São Paulo
5.3.6. Melhora na vida:
Pergunta: O que melhorou na sua vida desde que você começou a pedalar com o grupo?
Na questão que investiga o que mudou na vida após começar a pedalar nos grupos de pedal era possível assinalar até duas respostas.
Entre os participantes de grupos de pedal da Grande São Paulo, 98,1% afirmam que notaram alguma melhora na vida após começar a pedalar com os grupos. 31,02% afirmam que se sentem mais dispostos; 27,8% fizeram novos amigos; 26,38% se sentem mais saudáveis; e 11,29% se sentem menos estressados. Apenas 1,9% afirma que não houve mudança desde que começou a pedalar nos grupos (gráfico 74).
Gráfico 74 – Melhora na vida desde que começou a participar de grupos de pedal na Grande São Paulo
Gráfico 75 – Melhora na vida desde que começou a participar de grupos de pedal em São Paulo e no Grande ABC
Tabela 23 – Base de dados referente à melhora na vida desde que começou a participar de grupos de pedal
5.4. Uso da bicicleta como meio de transporte entre os participantes de grupos de pedal da Grande São Paulo:
Esta seção da pesquisa revela informações sobre o uso da bicicleta como meio de transporte e informações que qualificam o uso para este fim, tais como: frequência, há quanto tempo usa como meio de transporte, motivações, problemas enfrentados, razões para pedalar mais, envolvimento em colisões e atropelamentos e uso da intermodalidade.
5.4.1. Meio de transporte:
Pergunta: Você utiliza a bicicleta como meio de transporte?
Entre participantes de grupos de pedal da Grande São Paulo, 39,42% afirmam que usam a bicicleta como meio de transporte pelo menos uma vez por semana (gráfico 76). Na comparação, São Paulo registra um percentual maior de uso da bicicleta como meio de transporte do que o Grande ABC: são 43,69% contra 31,66%, uma diferença de 12,03 pontos percentuais (gráfico 77).
Entre os que usam a bicicleta como meio de transporte na Grande São Paulo, 66,41% têm entre 25 e 44 anos (gráfico 78), e 16,28% são mulheres e 83,72%, homens (gráfico 79).
Nos gráficos 80, 81 e 82, pode-se observar a variação da concentração de gênero entre os que usam a bicicleta como meio de transporte na Grande São Paulo, em São Paulo e no Grande ABC. Ao cruzar gênero e o uso da bicicleta como meio de transporte entre os participantes de grupos de pedal da Grande São Paulo, 42,95% dos homens utilizam a bicicleta como meio de transporte, índice de 27,83% entre as mulheres (gráfico 80). Entre as mulheres que pedalam em grupos em São Paulo, 35,16% usam a bicicleta como meio de transporte (gráfico 81); no Grande ABC, o índice é de 19,28% (gráfico 82).
Na Grande São Paulo, 54,17% dos negros que participam dos grupos de pedal usam a bicicleta como meio de transporte; o índice é de 44,97% dos pardos; 39,92% dos brancos e 26,09% dos amarelos (gráfico 83).
Ao cruzar informações do estado civil e do uso da bicicleta como meio de transporte na Grande São Paulo, 48,01% dos solteiros usam a bicicleta como meio de transporte; índice de 38,33% dos(as) desquitados(as), separados(as) ou divorciados(as); 35,68% dos(as) casados(as) ou em união estável; e 33,33% dos(as) viúvos(as) (gráfico 84).
No cruzamento dos dados de escolaridade e uso da bicicleta como meio de transporte na Grande São Paulo, nota-se de maneira geral que quanto menor o nível de escolaridade, maior é o uso da bicicleta como meio de transporte (gráfico 85). Entre os sem escolaridade, 50% usam a bicicleta como meio de transporte; entre os que concluíram o Ensino Médio, 43,15%; entre os técnicos, 47,25%; entre o graduados, 38,98%; e entre os pós-graduados, 32,25%.
Cruzando-se dados de renda e uso da bicicleta como meio de transporte na Grande São Paulo, nota-se de maneira geral que quanto menor a renda, maior é o uso da bicicleta como meio de transporte (gráfico 86). Entre os que têm renda inferior a um salário mínimo, 78,45% utilizam a bicicleta como meio de transporte.
No uso da bicicleta como meio de transporte comparado à motorização na Grande São Paulo, 63,1% dos que usam a bicicleta como meio de transporte afirmam possuir um carro (gráfico 87). Nos gráficos 88 e 89, pode-se observar a comparação entre São Paulo e Grande ABC. Em São Paulo, dos que usam a bicicleta como meio de transporte, 37,89% não têm carro; no Grande ABC, 32,67%.
Gráfico 76 – Uso da bicicleta como meio de transporte na Grande São Paulo
Gráfico 77 – Uso da bicicleta como meio de transporte em São Paulo e no Grande ABC
Tabela 24 – Base de dados referente ao uso da bicicleta como meio de transporte
Gráfico 78 – Cruzamento: uso da bicicleta como meio de transporte e idade dos participantes de grupos de pedal da Grande São Paulo
Gráfico 79 – Cruzamento: gênero e uso da bicicleta como meio de transporte dos participantes de grupos de pedal da Grande São Paulo
Gráfico 80 – Cruzamento: gênero e uso da bicicleta como meio de transporte dos participantes de grupos de pedal de São Paulo
Gráfico 81 – Cruzamento: gênero e uso da bicicleta como meio de transporte dos participantes de grupos de pedal do Grande ABC
Gráfico 82 – Cruzamento: cor e uso da bicicleta como meio de transporte dos participantes de grupos de pedal da Grande São Paulo
Gráfico 83 – Cruzamento: estado civil e uso da bicicleta como meio de transporte dos participantes de grupos de pedal da Grande São Paulo
Gráfico 84 – Cruzamento: escolaridade e uso da bicicleta como meio de transporte dos participantes de grupos de pedal da Grande São Paulo
Gráfico 85 – Cruzamento: renda e uso da bicicleta como meio de transporte dos participantes de grupos de pedal da Grande São Paulo
Gráfico 86 – Cruzamento: uso da bicicleta como meio de transporte e motorização dos participantes de grupos de pedal da Grande São Paulo
Gráfico 87 – Cruzamento: uso da bicicleta como meio de transporte e motorização dos participantes de grupos de pedal de São Paulo
Gráfico 88 – Cruzamento: uso da bicicleta como meio de transporte e motorização dos participantes de grupos de pedal do Grande ABC
5.4.2. Frequência que faz uso da bicicleta como meio de transporte:
Pergunta: Quantos dias por semana você utiliza a bicicleta como meio de transporte?
Entre os que usam a bicicleta como meio de transporte na Grande São Paulo, 45,5% o fazem em até três dias da semana: 13,2%, um dia; 15,8%, dois dias; e 16,5%, três dias. A maior concentração é registrada nos que utilizam cinco vezes por semana, com 18,8%. Os que utilizam a bicicleta como meio de transporte todos os dias da semana são 17,6% (gráfico 90). No comparativo entre São Paulo e Grande ABC, seguem os mesmos padrões de concentração com diferença máxima de 3,9 pontos percentuais (gráfico 91).
Ao cruzar informações de gênero e frequência semanal de uso da bicicleta como meio de transporte na Grande São Paulo, 45,32% das mulheres o fazem quatro vezes por semana ou mais; entre os homens o índice é de 56,23% (gráfico 92).
Gráfico 89 – Frequência de uso da bicicleta como meio de transporte na Grande São Paulo
Gráfico 90 – Frequência de uso da bicicleta como meio de transporte em São Paulo e no Grande ABC
Tabela 25 – Base de dados referente à frequência de uso da bicicleta como meio de transporte
Gráfico 91 – Cruzamento: gênero e frequência de uso da bicicleta como meio de transporte na Grande São Paulo
5.4.3. Há quanto tempo faz uso da bicicleta como meio de transporte:
Pergunta: Você começou a utilizar a bicicleta como meio de transporte há quanto tempo?
Entre os que usam a bicicleta como meio de transporte na Grande São Paulo, 22,3% passaram a fazer esse uso no último ano (gráfico 93); 23,6%, de um a dois anos; 21,3%, de três a cinco anos; e 32,5% utilizam há mais de cinco anos. Em São Paulo, 23,3% dos participantes de grupos de pedal passaram a utilizar a bicicleta como meio de transporte há um ano ou menos; no Grande ABC, são 18,7% (gráfico 94).
No cruzamento de informações de gênero e há quanto tempo usa a bicicleta como meio de transporte, 35,94% das mulheres da Grande São Paulo afirmam que começaram a fazer esse uso no último ano, índice de 19,76% entre os homens (gráfico 95). Em São Paulo, 37,76% das mulheres passaram a usar a bicicleta como meio de transporte no último ano, e 20,38% dos homens (gráfico 96). No Grande ABC, 25% das mulheres que usam a bicicleta como meio de transporte adotaram esse uso no último ano, índice de 17,64% entre os homens (gráfico 97).
Gráfico 92 – Há quanto tempo faz uso da bicicleta como meio de transporte na Grande São Paulo
Gráfico 93 – Há quanto tempo faz uso da bicicleta como meio de transporte em São Paulo e no Grande ABC
Tabela 26 – Base de dados referente a quanto tempo faz uso da bicicleta como meio de transporte
Gráfico 94 – Cruzamento: gênero e há quanto tempo usa a bicicleta como meio de transporte dos participantes de grupos de pedal da Grande São Paulo
Gráfico 95 – Cruzamento: gênero e há quanto tempo usa a bicicleta como meio de transporte dos participantes de grupos de pedal da Grande São Paulo
Gráfico 96 – Cruzamento: gênero e há quanto tempo usa a bicicleta como meio de transporte dos participantes de grupos de pedal do Grande ABC
5.4.4. Motivações:
Pergunta: Qual ou quais as principais motivações que fez ou fizeram você utilizar a bicicleta como meio de transporte?
Na questão que investiga as motivações para o uso da bicicleta como meio de transporte era possível selecionar até duas alternativas como resposta.
Entre os participantes de grupos de pedal que utilizam a bicicleta como meio de transporte na Grande São Paulo, 42,21% afirmam que fazem esse uso por ser mais rápido e prático; 32,47%, por ser mais saudável; 13,31%, por ser mais barato; e 12,01%, por ser ambientalmente correto (gráfico 98). No comparativo entre São Paulo e Grande ABC, as concentrações seguem padrão semelhante: em São Paulo, 44,42% afirmam que usam a bicicleta como meio de transporte por ser mais rápido e prático; no Grande ABC, 38,46% apontam a mesma causa (gráfico 99).
Gráfico 97 – Motivações para usar a bicicleta como meio de transporte na Grande São Paulo
Gráfico 98 – Motivações para usar a bicicleta como meio de transporte em São Paulo e no Grande ABC
Tabela 27 – Base de dados referente às motivações para usar a bicicleta como meio de transporte
5.5.5. Razões para continuar:
Pergunta: Qual (quais) a(s) razão (razões) para você continuar utilizando a bicicleta como meio de transporte?
Na questão que investiga as razões para continuar utilizando a bicicleta como meio de transporte era possível selecionar até duas alternativas.
Entre os participantes de grupos de pedal que utilizam a bicicleta como meio de transporte na Grande São Paulo, 41,82% afirmam que a razão para continuar fazendo esse uso é por ser mais rápido e prático; 30,63%, por ser mais saudável; 13,94%, por ser ambientalmente correto; e 13,61%, por ser mais barato (gráfico 100). No comparativo entre São Paulo e Grande ABC, as concentrações são semelhantes. A diferença mais significativa aparece entre os que afirmam que a razão é por ser mais rápido e prático: São Paulo registra 44,5%, enquanto o Grande ABC, 37,58%, uma diferença de 6,92 pontos percentuais (gráfico 101).
Gráfico 99 – Razões para continuar utilizando a bicicleta como meio de transporte na Grande São Paulo
Gráfico 100 – Razões para continuar utilizando a bicicleta como meio de transporte em São Paulo e no Grande ABC
Tabela 28 – Base de dados referente às razões para continuar utilizando a bicicleta como meio de transporte
5.4.6. Problemas enfrentados:
Pergunta: Qual o principal problema que você enfrenta no uso da bicicleta como meio de transporte?
Na questão que investiga os problemas enfrentados no uso da bicicleta como meio de transporte era possível selecionar até duas alternativas.
Entre os participantes de grupos de pedal que utilizam a bicicleta como meio de transporte na Grande São Paulo, a falta de respeito de condutores de veículos motorizados é o problema enfrentado no cotidiano com maior incidência: 34,62%. A falta de infraestrutura adequada é apontada por 25%; a falta de segurança no trânsito, por 19,95%; a falta de segurança pública, por 19,71%; e a falta de sinalização, por 0,72% (gráfico 102). Na comparação entre São Paulo e Grande ABC, as concentrações apresentam diferenças. Em São Paulo, a falta de respeito de condutores de veículos motorizados é o problema enfrentado com maior incidência (36,33%), enquanto no Grande ABC a falta de segurança no trânsito é a principal dificuldade apontada (29,2%) (gráfico 103).
Gráfico 101 – Principais problemas enfrentados no uso da bicicleta como meio de transporte na Grande São Paulo
Gráfico 102 – Principais problemas enfrentados no uso da bicicleta como meio de transporte em São Paulo e no Grande ABC
Tabela 29 – Base de dados referente aos principais problemas enfrentados no uso da bicicleta como meio de transporte
5.4.7. Razões para pedalar mais:
Pergunta: O que faria você pedalar mais?
Na questão que investiga motivos para pedalar mais era possível selecionar até duas alternativas.
Entre os participantes de grupos de pedal que utilizam a bicicleta como meio de transporte na Grande São Paulo, 31,13% pedalariam mais se houvesse mais estrutura cicloviária; 26,38%, se houvesse mais segurança no trânsito; 25,77%, mais segurança contra assaltos; 13,96%, se houvesse melhores estacionamentos para bicicletas; e 2,76%, se ruas e ciclovias fossem mais arborizadas (gráfico 104). No comparativo entre São Paulo e Grande ABC, os padrões de concentração são semelhantes: a diferença mais significativa não ultrapassa 4,38 pontos percentuais (gráfico 105).
Gráfico 103 – Razões para pedalar mais na Grande São Paulo
Gráfico 104 – Razões para pedalar mais em São Paulo e no Grande ABC
Tabela 30 – Base de dados referente às razões para pedalar mais
5.4.8. Colisão ou atropelamento:
Pergunta: Nos últimos três anos, você se envolveu em alguma colisão ou atropelamento enquanto pedalava?
Entre os participantes de grupos de pedal que utilizam a bicicleta como meio de transporte na Grande São Paulo, 25,7% afirmam que se envolveram em colisão ou atropelamento nos últimos três anos (gráfico 106). Na comparação entre São Paulo e Grande ABC, São Paulo registra maior concentração (28,9%), 5,2 pontos percentuais maior do que no Grande ABC (gráfico 107).
Gráfico 105 – Envolvimento em colisões ou atropelamentos nos últimos três anos na Grande São Paulo
Gráfico 106 – Envolvimento em colisões ou atropelamentos nos últimos três anos em São Paulo e no Grande ABC
Tabela 31 – Base de dados referente ao envolvimento em colisões ou atropelamentos nos últimos três anos
5.4.9. Intermodalidade:
Pergunta: Em algum dos seus trajetos você utiliza a bicicleta em combinação com outro meio de transporte?
Entre os participantes de grupos de pedal que utilizam a bicicleta como meio de transporte na Grande São Paulo, 33,9% utilizam em algum trajeto a bicicleta combinada com outro meio de transporte (gráfico 108). No comparativo, o Grande ABC registra uma concentração de 42,5%, dado 12,5 pontos percentuais maior do que em São Paulo (gráfico 109).
Gráfico 107 – Uso da bicicleta combinada a outro meio de transporte na Grande São Paulo
Gráfico 108 – Uso da bicicleta combinada a outro meio de transporte em São Paulo e no Grande ABC
Tabela 32 – Base de dados referente ao uso da bicicleta combinada a outro meio de transporte
5.4.10. Quais intermodalidades:
Pergunta: Se você combina o uso da bicicleta com outro meio de transporte, qual(is) é(são) esse(s) meio(s) de transporte(s)?
Na questão que investiga quais intermodais são utilizados era possível selecionar livremente as alternativas.
Entre os participantes de grupos de pedal que utilizam a bicicleta como meio de transporte e utilizam intermodais na Grande São Paulo, 37,25% utilizam metrô; 24,84%, trens metropolitanos; 24,51%, carro; 8,5%, ônibus; e 1,31%, outros intermodais (gráfico 110). Em São Paulo, o metrô aparece como o intermodal mais utilizado (41,27%), e no Grande ABC, os trens metropolitanos (32,58%) (gráfico 111).
Gráfico 109 – Intermodais combinados ao uso da bicicleta como meio de transporte na Grande São Paulo
Gráfico 110 – Intermodais combinados ao uso da bicicleta como meio de transporte em São Paulo e no Grande ABC
Tabela 33 – Base de dados referente a intermodais combinados ao uso da bicicleta como meio de transporte
5.3.12. Influência:
Pergunta: Você acha que participar do grupo de pedal ajudou você a optar pela bicicleta como meio de transporte?
Entre os participantes de grupos de pedal que utilizam a bicicleta como meio de transporte na Grande São Paulo, 66,9% afirmam que participar de grupos de pedal influenciaram na tomada de decisão de usar a bicicleta como meio de transporte (gráfico 112). No comparativo entre São Paulo e Grande ABC, as concentrações são semelhantes (gráfico 113).
Ao cruzar informações de gênero e influência dos grupos de pedal na opção de usar a bicicleta como meio de transporte na Grande São Paulo, 87,49% das mulheres afirmam que os grupos de pedal influenciaram para tomar a decisão de usar a bicicleta como meio de transporte, índice de 62,92% entre os homens (gráfico 114).
Gráfico 111 – Influência dos grupos de pedal no uso da bicicleta como meio de transporte na Grande São Paulo.
Gráfico 112 – Influência dos grupos de pedal no uso da bicicleta como meio de transporte em São Paulo e no Grande ABC
Tabela 34 – Base de dados referente à influência dos grupos de pedal no uso da bicicleta como meio de transporte
Gráfico 113 – Cruzamento: gênero e influência dos grupos de pedal no uso da bicicleta como meio de transporte na Grande São Paulo
5.5. Destinos dos participantes de grupos de pedal que usam a bicicleta como meio de transporte:
Esta seção revela os destinos do uso da bicicleta como meio de transporte: trabalho, estudo, compras, lazer/social e estação intermodal.
5.5.1. Destino trabalho:
Pergunta: Quantos dias por semana você utiliza a bicicleta para ir ao seu local de trabalho?
78,3% dos entrevistados usam a bicicleta para se deslocar até o local de trabalho pelo menos uma vez por semana na Grande São Paulo, enquanto 20,4% o fazem em cinco dias por semana (gráfico 115).
Gráfico 114 – Frequência do uso da bicicleta como meio de transporte para o destino trabalho na Grande São Paulo
Gráfico 115 – Frequência do uso da bicicleta como meio de transporte para o destino trabalho em São Paulo e no Grande ABC
Tabela 35 – Base de dados referente à frequência do uso da bicicleta como meio de transporte para o destino trabalho
5.5.2. Destino estudo:
Pergunta: Quantos dias por semana você utiliza a bicicleta para ir ao seu local de estudo?
Entre os participantes de grupos de pedal que utilizam a bicicleta como meio de transporte, 20,5% utilizam a bicicleta para se deslocar até o local de estudo pelo menos uma vez por semana na Grande São Paulo (gráfico 117). No Grande ABC, 31,2% usam a bicicleta para este fim pelo menos uma vez por semana (gráfico 118).
Gráfico 116 – Frequência do uso da bicicleta como meio de transporte para o local de estudo na Grande São Paulo
Gráfico 117 – Frequência do uso da bicicleta como meio de transporte para o local de estudo em São Paulo e no Grande ABC
Tabela 36 – Base de dados referente à frequência do uso da bicicleta como meio de transporte para o local de estudo
5.5.3. Destino compras:
Pergunta: Quantos dias por semana você utiliza a bicicleta para ir a locais de compra?
Entre os participantes de grupos de pedal que utilizam a bicicleta como meio de transporte, 62,2% utilizam a bicicleta para se deslocar a locais de compra pelo menos uma vez por semana na Grande São Paulo, sendo que 13,9% utilizam a bicicleta para este fim todos os dias da semana (gráfico 119).
Gráfico 118 – Frequência do uso da bicicleta como meio de transporte para ir a locais de compra na Grande São Paulo
Gráfico 119 – Frequência do uso da bicicleta como meio de transporte para ir a locais de compra em São Paulo e no Grande ABC
Tabela 37 – Base de dados referente a frequência do uso da bicicleta como meio de transporte para locais de compras
5.5.4. Destino lazer/social:
Pergunta: Quantos dias por semana você utiliza a bicicleta para ir a locais de lazer/social?
Entre os participantes de grupos de pedal que utilizam a bicicleta como meio de transporte, 88,4% utilizam a bicicleta para se deslocar a locais de lazer/social pelo menos uma vez por semana na Grande São Paulo, sendo que 28,7% utilizam a bicicleta para este fim todos os dias da semana (gráfico 121).
Gráfico 120 – Frequência do uso da bicicleta como meio de transporte para ir a locais de lazer/social na Grande São Paulo
Gráfico 121 – Frequência do uso da bicicleta como meio de transporte para ir a locais de lazer/social em São Paulo e no Grande ABC
Tabela 38 – Base de dados referente à frequência do uso da bicicleta como meio de transporte para locais de lazer/social
5.5.5. Destino intermodal:
Pergunta: Quantos dias por semana você utiliza a bicicleta para ir até uma estação intermodal?
Entre os participantes de grupos de pedal que utilizam a bicicleta como meio de transporte, 28% utilizam a bicicleta para se deslocar a um destino intermodal pelo menos uma vez por semana na Grande São Paulo, sendo que 19% utilizam a bicicleta para este fim de dois a três dias por semana (gráfico 123).
Gráfico 122 – Frequência do uso da bicicleta como meio de transporte para ir a uma estação intermodal na Grande São Paulo
Gráfico 123 – Frequência do uso da bicicleta como meio de transporte para ir a uma estação intermodal em São Paulo e no Grande ABC
Tabela 39 – Base de dados referente à frequência do uso da bicicleta como meio de transporte para ir a uma estação intermodal
5.6. Motivações dos participantes de grupos de pedal que não utilizam a bicicleta como meio de transporte:
5.6.1. Motivos para não usar a bicicleta como meio de transporte:
Pergunta: Se você não usa a bicicleta como meio de transporte, indique quais os motivos.
Entre os participantes de grupos de pedal que afirmaram não utilizar a bicicleta como meio de transporte, 33,22% não o fazem por falta de segurança pública; 21,3% por falta de infraestrutura; 17,44% por falta de ciclovias e ciclofaixas; 14,57% pelo desrespeito com os ciclistas; 3,53% pela distância a ser percorrida; 3,97% pela necessidade do uso de veículos motorizados no cotidiano; 3,75% por demandas familiares; e 0,77% por utilizar outros modais para deslocamentos (gráfico 125).
Gráfico 124 – Motivações para não utilizar a bicicleta como meio de transporte na Grande São Paulo
Gráfico 125 – Motivações para não utilizar a bicicleta como meio de transporte em São Paulo e no Grande ABC
Tabela 40 – Base de dados referente às motivações para não utilizar a bicicleta como meio de transporte
5.6. Opinião dos participantes de grupos de pedal da Grande São Paulo:
Nesta seção, a pesquisa revela a opinião dos ciclistas dos grupos de pedal a respeito das ciclovias e ciclofaixas, a sensação de segurança dos ciclistas enquanto pedalam, a opinião sobre onde reside a segurança do ciclista e o conhecimento do Plano de Mobilidades de sua cidade.
5.6.1. Ciclovias e ciclofaixas:
Pergunta: Qual nota você dá para as ciclovias e ciclofaixas da sua cidade?
De maneira geral, as ciclovias e ciclofaixas são mal avaliadas pelos participantes de grupos de pedal (gráfico 127). Considerando-se que notas de um a cinco indicam uma avaliação negativa e notas de seis a dez, uma avaliação positiva, 66,97% avaliam de forma negativa as ciclovias e ciclofaixas na Grande São Paulo (gráfico 129). Entretanto, é possível notar uma diferença nas avaliações na comparação entre Grande ABC e São Paulo, onde há uma incidência maior de notas intermediárias. Ainda que São Paulo tenha uma avaliação regular, 46,55% avaliam positivamente as ciclovias e ciclofaixas, enquanto no Grande ABC apenas 10,98% avaliam da mesma forma, diferença de 35,57 pontos percentuais (gráfico 130).
Gráfico 126 – Notas dadas para ciclovias e ciclofaixas das cidades da Grande São Paulo (notas de 1 a 10)
Gráfico 127 – Notas dadas para ciclovias e ciclofaixas das cidades de São Paulo e do Grande ABC (notas de 1 a 10)
Gráfico 128 – Notas dadas para ciclovias e ciclofaixas das cidades da Grande São Paulo (avaliação negativa: de 1 a 5; avaliação positiva: de 6 a 10)
Gráfico 129 – Notas dadas para ciclovias e ciclofaixas das cidades de São Paulo e do Grande ABC (avaliação negativa: de 1 a 5; avaliação positiva: de 6 a 10)
Tabela 41 – Base de dados referente à avaliação das ciclovias e ciclofaixas (notas de 1 a 10)
5.6.2. Sensação de segurança:
Pergunta: Qual a sua sensação de segurança ao pedalar em sua cidade?
Para medir a sensação de segurança foi utilizada uma escala de um a cinco, onde um indica pouco seguro e cinco, muito seguro. Para a análise das informações, adotou-se também uma abordagem da sensação de segurança ligada exclusivamente a questões de segurança pública. Pode-se notar na observação do gráfico 131 que a sensação de segurança durante o pedal é baixa entre os ciclistas dos grupos. Somando-se os dois primeiros intervalos da escala, que indicam baixa sensação de segurança, o percentual é de 58%; apenas 0,7% dos entrevistados se sentem muito seguros ao pedalar. Comparando-se São Paulo e Grande ABC, nota-se que em São Paulo há incidência maior de sensação intermediária de segurança (gráfico 132).
Cruzando-se informações de gênero e da sensação de segurança ao pedalar na Grande São Paulo, 29,57% das mulheres responderam a menor faixa da escala, índice de 23,37% entre os homens (gráfico 133). Nos gráficos 134 e 135, pode-se observar que, em São Paulo, a concentração de mulheres que se sentem pouco seguras é 9,08 pontos percentuais maior do que no Grande ABC. No Grande ABC, a concentração de homens que se sentem pouco seguros é maior do que a das mulheres (31,4% contra 25,3%).
Gráfico 130 – Sensação de segurança ao pedalar na Grande São Paulo
Gráfico 131 – Sensação de segurança ao pedalar em São Paulo e no Grande ABC
Tabela 42 – Base de dados referente à sensação de segurança ao pedalar
Gráfico 132 – Cruzamento: gênero e sensação de segurança ao pedalar na Grande São Paulo
Gráfico 133 – Cruzamento: gênero e sensação de segurança ao pedalar em São Paulo
Gráfico 134 – Cruzamento: gênero e sensação de segurança ao pedalar no Grande ABC
5.6.3. Segurança do ciclista:
Pergunta: Na sua opinião, a segurança de quem pedala está…
Entre os participantes de grupos de pedal da Grande São Paulo, 34,33% acreditam que a segurança de quem pedala está no comportamento de condutores de veículos motorizados; para 33,22%, no comportamento do ciclista; para 19,06%, o aumento da estrutura segregada para ciclistas traria segurança para quem pedala; para 7,31%, a redução das velocidades dos veículos motorizados traria mais segurança; e para 6,08%, a segurança está nos equipamentos individuais de proteção (gráfico 136).
Gráfico 135 – Segurança de quem pedala na opinião de ciclistas na Grande São Paulo
Gráfico 136 – Segurança de quem pedala na opinião de ciclistas em São Paulo e no Grande ABC
Tabela 43 – Base de dados referente à opinião de onde reside a segurança de quem pedala
5.5.4. Plano de mobilidade:
Pergunta: Você conhece o plano de mobilidade da sua cidade?
Entre os participantes de grupos de pedal da Grande São Paulo, 67,43% desconhecem o Plano de Mobilidade de sua cidade (gráfico 138). Em São Paulo, esse percentual cai para 62,1% e sobe para 80,9% no Grande ABC (gráfico 139).
Gráfico 137 – Conhece o Plano de Mobilidade da sua cidade na Grande São Paulo
Gráfico 138 – Conhece o Plano de Mobilidade da sua cidade em São Paulo e no Grande ABC
Tabela 44 – Base de dados referente ao conhecimento do Plano de Mobilidade
Características dos grupos de pedal da Grande São Paulo
Ao contrário do que se imaginava, as informações apontam que os grupos de pedal são pouco estimulados por bicicletarias ou lojas de bicicleta (17,39%). Esse dado pode indicar que os grupos são, em maioria, reuniões espontâneas de civis ou reuniões estimuladas por coletivos ou organizações sem fins lucrativos que promovem a bicicleta nas cidades.
Ao analisar os números de participantes dos 46 grupos de pedal que compuseram a amostra (item 4.1.1), pode-se considerar que o número mínimo dos intervalos de participantes é uma aproximação do número absoluto que cada grupo mobiliza em suas saídas. Desta forma estima-se que os 14 grupos que têm de 5 a 15 participantes, mobilizam no mínimo 70 ciclistas em uma saída. Aplicando a mesma lógica aos outros intervalos e levando em conta que a maioria dos grupos faz uma saída por semana, pode-se estimar que os 46 grupos de pedal mobilizam aproximadamente 1.373 ciclistas por semana. Tirando a média de participantes que cada grupo mobilizaria por saída (29,84) e replicando aos 309 grupos de pedal identificados na Grande São Paulo, seriam aproximadamente 9.310 ciclistas mobilizados por semana.
Com base nas informações da amostra, pode-se deduzir que os primeiros grupos de pedal foram fundados em São Paulo na década de 1980. Entretanto, nota-se que a consolidação desses grupos como importante manifestação da cultura da bicicleta na Grande São Paulo é recente e aconteceu a partir de 2010, década em que São Paulo registra um aumento de 300% no número de grupos e surgem os primeiros grupos no Grande ABC.
Perfil dos participantes de grupos de pedal
Os grupos de pedal têm uma predominância de homens, que representam 73,83% dos participantes, ainda mais considerando-se que eles são 48,4% da população brasileira (IBGE, 2015). Entretanto, as mulheres são 23,10% dos participantes de grupos de pedal, percentual que supera o índice de mulheres ciclistas da pesquisa “Perfil de quem usa bicicleta na cidade de São Paulo” (Ciclocidade, 2015), de 14%, e das contagens de ciclistas, de 6% (levantamento de contagens feitas pela Ciclocidade).
A pesquisa intitulada “Mobilidade por Bicicleta e os Desafios das Mulheres de São Paulo” (Ciclocidade, 2017), revela que, ao serem questionadas como mulheres se comportam ou se comportariam ao usar a bicicleta na cidade, 56% das ciclistas afirmaram que se comportam de forma cautelosa; e 51% das não-ciclistas, que se comportariam de forma muito cautelosa. Entre as ciclistas, medo de compartilhar a via/falta de respeito no trânsito, risco de colisão, queda ou atropelamento e risco de assalto são os principais desafios ao se deslocar de bicicleta na cidade, segundo a pesquisa.
Dada a concentração mais expressiva de mulheres nos grupos de pedal, e sem perder de vista que os grupos de pedal são manifestações da cultura da bicicleta, pode-se considerar que os grupos oferecem ambientes mais convidativos às mulheres iniciarem o uso da bicicleta como lazer e passarem, a médio prazo, a utilizá-la como meio de locomoção. No gráfico que apresenta o cruzamento de há quanto tempo se faz uso da bicicleta como meio de transporte e gênero dos participantes de grupos de pedal, nota-se que, nos últimos cinco anos, aumentou a participação de mulheres em grupos de pedal e elas passaram a utilizar mais a bicicleta como meio de transporte. Essa leitura pode ser reforçada a partir da informação da influência exercida pelos grupos de pedal na tomada de decisão de usar a bicicleta como meio de transporte: 66,9% afirmam que foram influenciados pelos grupos de pedal. Entre as mulheres que utilizam a bicicleta como meio de transporte, 87,49% afirmam que foram influenciadas pelos grupos de pedal.
A partir dos dados, pode-se perceber que há baixa adesão de negros e pardos nos grupos de pedal na Grande São Paulo (17,35%). A população brasileira é composta por 53,6% de negros e pardos (IBGE, 2015), e no Estado de São Paulo eles são 30,9% (SEADE, 2015). Na cidade de São Paulo, 37% se autodeclaram negros ou pardos (CMPIR, 2013).
Entre as mulheres, nota-se que apenas 34,78% são casadas ou em união estável, o que pode indicar que elas encontram algum tipo de entrave que impede sua participação nos grupos de pedal. Nesse aspecto, cabe um estudo focado no assunto, já que as informações de conciliação de demandas domésticas e familiares não apresentam indicadores que permitam revelar esses entraves.
A escolaridade é alta entre os participantes dos grupos de pedal: 43,23% são graduados e 27,68% são pós-graduados, enquanto o percentual de brasileiros com nível superior é de 7,9%. Na região Sudeste, 10% da população tem Ensino Superior completo, de acordo com os resultados gerais do Censo de 2010 (IBGE, 2012).
A renda mensal predominante entre os participantes dos grupos de pedal (faixa salarial de R$ 2.640,00 a R$ 8.800,00) supera o rendimento médio mensal da população do Estado de São Paulo, que é de R$ 2.401,00 (NEXO, 2017).
A partir das respostas dos participantes, foram mapeados 309 grupos de pedal na Grande São Paulo, número considerado bastante expressivo diante da aridez de informações sobre este universo cultural. Observa-se uma certa fidelidade dos participantes nos grupos de pedal que frequentam.
As motivações para participar dos grupos de pedal podem indicar que prevalece uma busca por um estilo de vida saudável por meio do uso da bicicleta (39,36%). A segurança oferecida pelos grupos de pedal pode indicar um fator motivacional também.
A hipótese que os grupos de pedal poderiam aproximar casais acaba se revelando falsa. Entre os participantes são predominantes os solteiros e os que conheceram seu parceiro(a), namorado(a) ou esposo(a) em outras circunstâncias (69,51%).
Nas informações referentes à conciliação de demandas domésticas e familiares, entre os que afirmam que precisam conciliar pouco, o índice de mulheres é superior ao dos homens (35,65%). Entretanto, vale ressaltar que, entre as mulheres, há mais solteiras, separadas, desquitadas ou divorciadas (63,91%). Se o percentual de casadas ou em união estável fosse maior, é possível que houvesse mais mulheres entre os que afirmam que precisam conciliar muito as demandas domésticas e familiares para participar dos grupos de pedal.
Percebe-se também que os grupos de pedal se configuram como uma importante incubadora de ciclistas que passam a utilizar a bicicleta como meio de transporte. Entre os que usam a bicicleta como meio de transporte, a maioria afirma que os grupos de pedal influenciaram na decisão de utilizar a bicicleta como meio de transporte (66,9%).
Ciclocidade. Perfil de quem usa bicicleta na cidade de São Paulo. São Paulo: Ciclocidade, 2016. Disponível em: Acesso: 11/04/2017.
Ciclocidade. Apresentação da pesquisa Mobilidade por bicicleta e os desafios das mulheres em São Paulo. São Paulo: Ciclocidade, 2017. Disponível em: Acesso 11/04/2017.
Governo do Estado de São Paulo. Sistema Estadual de Análise de Dados. Maior população negra do país in: Indicadores de Desigualdade Racial (IDR). São Paulo, 2004. Relatório. On-line. Disponível em: http://produtos.seade.gov.br/produtos/idr/download/populacao.pdf Acesso: 11/06/2017.
IBGE. Síntese de indicadores sociais: uma análise das condições de vida da população brasileira. Brasília: IBGE, 2013 Disponível em: Acesso 11/04/2017.
IBGE. Pesquisa Nacional de Domicílios. Brasília: IBGE, 2015. http://produtos.seade.gov.br/produtos/idr/download/populacao.pdf
Prefeitura Municipal de São Paulo. Secretaria Municipal de de Promoção da Igualdade Racial. Igualdade Racial em São Paulo: avanços e desafios. São Paulo, 2013. Relatório. On-line Disponível em: http://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/upload/igualdade_racial/arquivos/Relatorio_Final_Virtual.pdf Acesso 11/04/2017.
Daniel Mariani, Daniela; Rocha, Júlia; Ducroquet, Simon; Freitas, Wellington. O seu salário diante da realidade brasileira. Nexo Jornal, São Paulo, 11/01/2016. Interativo. Disponível em:
https://www.nexojornal.com.br/interativo/2016/01/11/O-seu-sal%C3%A1rio-diante-da-realidade-brasileira Acesso 11/04/2017.
8.1. FORMULÁRIO DE COORDENADORES DE GRUPOS DE PEDAL
https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLSe7-Y8ZFXbcrfvD17TAlJRnA_9DwiJL3w3IBRdEDoZ5d3Xmwg/viewform
8.2. FORMULÁRIO DE PARTICIPANTES DE GRUPOS DE PEDAL
https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLSdisd6fci2nlhGiJHl7KhOlfxGBzxUu5ovz5X8nYbIKIn-n1Q/viewform