Prefeitura: Apresente e se comprometa com o Plano Cicloviário de São Paulo!
Abram espaço para a mobilidade ativa, a cidade merece mais eficiência nos transportes!
Por ano cerca de 17 mil pessoas morrem precocemente no país em decorrência do ar tóxico que respiramos, em São Paulo esse número pode chegar 250 mil vidas perdidas até 2030, segundo estudos da USP, em função principalmente do excesso de automóveis na cidade e a padrões de medição frouxos e desatualizados em relação a Organização Mundial da Saúde.
Não é só “tempo seco” o problema, a maior parte da poluição em centros urbanos como SP, é causada pelos escapamentos dos carros, responsáveis por 73% das emissões de gases na atmosfera (SEEG-IEMA). Os ônibus movidos a Diesel respondem por outros 24%.
Já sob o aspecto de violência no trânsito, por ano, pelo menos 368 pessoa morrem nas ruas de São Paulo enquanto se deslocam a pé ou de bicicleta – 1 vida por dia. Dados recentes divulgados pela Infosiga mostram que no primeiro trimestre de 2019 o número de mortes de ciclistas triplicou na cidade.
Você sabia que 70% da fiscalização de motoristas é feita em apenas 8 subprefeituras? E o resto da cidade, como fica?
Por outro lado, vivemos atualmente uma tendência mundial de estímulo ao uso da bicicleta como ferramenta poderosa no combate ao sedentarismo, a poluição do ar e na melhora significativa da segurança viária e qualidade de vida da população. Em São Paulo, o debate sobre o uso da bicicleta não é novidade. Desde a década de 90 que a CET vem estudando formas para incorporar este importante modo de deslocamento à matriz de transportes da cidade. A ciclovia da Av Faria Lima, por exemplo, está prevista desde 1995. E agora, mais de 20 anos depois, ela já precisa ser duplicada.
CICLOVIAS SALVAM VIDAS! Quem observa a cidade vê uma maior presença de ciclistas nas ruas todos os dias, infraestruturas como da Av Eliseu de Almeida e Av Paulista demonstram aumento de mais de 100% de uso da bicicleta, enquanto a própria Faria Lima registra mais de 300%. Além disso há uma participação cada vez mais qualificada de defensores da bicicleta em espaços de decisão, pressionando governos pela implementação de projetos e avanços em políticas públicas.
● Plano Diretor Estratégico (Lei 16.050)
● Plano Municipal de Mobilidade (Decreto 56.834)
● Plano de Segurança Viária (Decreto 58.717)
● Plano Cicloviário – ainda não apresentado nem formalizado
● Plano Emergencial de Calçadas (Decreto 58.845)
● Estatuto do Pedestre (Lei 16.673)
Esses são só alguns dos mais recentes exemplos de que existe acúmulo técnico, político e histórico no tema da Mobilidade Ativa na cidade. Ainda que se circule a mentira de que ciclovias foram feitas sem debate e sem planejamento. Não queremos ver o colapso na mobilidade! Para que esses planos saiam do papel para a rua é preciso, além de vontade política, o apoio de vereadores e de uma sociedade engajada e forte na busca constante por transformações estruturais que melhorem a experiência de bem viver na cidade. Precisamos de infraestrutura segura para mobilidade a pé e por bicicleta, conectadas com o transporte público eficiente, de baixas emissões e acessível.
Ciclistas são parte da solução! Essas são as organizações que lutam pelos direitos dos ciclistas. Se engaje, participe, MEXA-SE!
Associação dos Ciclistas Urbanos de São Paulo – Ciclocidade
Instituto CicloBR – ciclobr.org.br
Bike Anjo São Paulo – bikeanjo.org
Instituto Aromeiazero – aromeiazero.org.br
Bike é Legal – bikeelegal.com.br
Vá de Bike – vadebike.org
Aliança Bike – aliancabike.org.br