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Relato sobre o encontro do GT Eleições com a equipe do pré-candidato João Dória

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O Grupo de Trabalho de Eleições, da Ciclocidade e Cidadeapé, esteve na última segunda-feira, dia 18/7, com a equipe de campanha do então pré-candidato (confirmado ontem candidato) João Dória, do PSDB.

Mais uma vez, assim como havia acontecido com as equipes de Marta Suplicy (PMDB) e Fernando Haddad (PT), nosso objetivo era apresentar as para que sejam incorporadas aos programas de governo dos prefeitáveis. A mobilidade ativa é chamada pela legislação de “modos não motorizados de transporte”. Todas as equipes, de todas as candidaturas e partidos, serão procuradas para uma conversa similar.

Presentes a esta reunião estavam 10 integrantes do GT Eleições e outras 14 pessoas da equipe do pré-candidato, compostas principalmente por funcionários ou técnicos da CPTM, EMTU, ANTP, Metrô de SP, dentre outros. Como tínhamos apenas uma hora para fazer a apresentação, não houve muito tempo para perguntas.

O então pré-candidato João Dória não estava presente.

 

Apresentação e discussão

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Desta vez, a apresentação foi liderada por Daniel Guth, da Ciclocidade, e Ana Carolina Nunes e Rafael Calabria, da Cidadeapé. Iniciamos por com uma avaliação sobre a gestão atual e lembramos as cartas compromisso assinadas pelos candidatos em 2012, pelas quais se comprometiam a implantar a infraestrutura cicloviária na cidade.

A primeira pausa na apresentação acontece quando falamos sobre as propostas de implantação de mais 100 km/ano e a de requalificação e manutenção das ciclovias e ciclofaixas existentes. A equipe responsável pelo programa de governo questiona se as duas propostas são excludentes ou se andam juntas, ou seja, se é preciso implantar novas vias e fazer a manutenção/requalificação ao mesmo tempo.

A questão surge porque há um entendimento da equipe de João Dória de que há consenso sobre continuar a implantar novas ciclovias, mas expressam o desejo de querer requalificar parte da infraestrutura cicloviária que julgam mal construídas, “feitas a toque de caixa”.

Defendemos que é preciso fazer ambas as coisas. Mais do que isso, batemos na tecla de que construímos nos últimos anos espaços de participação com o poder público, como o próprio Conselho Municipal de Trânsito e Transporte – CMTT e a Câmara Temática de Bicicleta, e de que é importante ouvir o coletivo existente de usuários nesses espaços.

Além disso, deve-se considerar que o Plano Municipal de Mobilidade – PlanMob tem um planejamento até 2030 e que tal planejamento não pode ser ignorado – muitas ciclovias que podem ser julgadas hoje como pouco úteis ou problemáticas podem estar planejadas para serem interligadas no futuro. Uma eventual requalificação deve ouvir sempre o coletivo de ciclistas e não serem simplesmente retiradas.

A discussão de alonga e perguntamos o que poderia ser considerada como uma “requalificação” para a equipe do pré-candidato. Segundo eles, um resumo seria ver quais dessas ciclovias/ciclofaixas fornecem condições reais de segurança.

Os representantes do GT Eleições insistem que a estrutura cicloviária é fundamental. Vera Penteado comenta que antes das ciclovias, ciclistas tinham de se preocupar com os buracos já existentes além dos carros buzinando e que, agora, a preocupação é apenas com os buracos. Sasha Hart afirma que antes das ciclovias e da diminuição dos limites de velocidades morriam mais pessoas no trânsito do que por homicídios.

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A segunda pausa na apresentação acontece na fala de Ana Nunes sobre pedestres – desta vez, as perguntas são mais gerais, pedindo opiniões sobre o sinal vermelho piscante para a travessia de pedestres ou o projeto de lei que obriga pedestres a fazer sinal com a mão para atravessar.

Ao final da apresentação, a avaliação da equipe de campanha do pré-candidato João Dória foi a de que a apresentação foi positiva, mas voltaram a mencionar como uma “questão que ficou em aberto” a proposta de requalificação da infraestrutura cicloviária existente.

Ana Nunes encerrou com o pedido de que a equipe colocasse os temas da mobilidade ativa como metas no programa de governo. “Queremos depois ter por onde cobrar de vocês”, finalizou. Na saída, nossa surpresa foi com o lema da campanha de Dória: “Acelera São Paulo”.

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