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Relatório de Contagem de Ciclistas – Largo do Socorro 2015

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Largo do Socorro
Terça-feira, 4 de agosto de 2015
Das 6h às 20h

Clique para baixar o Relatório de Contagem em PDF.
Clique para baixar a Planilha com os Dados Brutos em XLSX.

 

INTRODUÇÃO

O Largo do Socorro, na zona sul de São Paulo, é um local de confluência de vias arteriais como a Av. Atlântica e Av. Guarapiranga de um lado e a Av. Vitor Manzini (continuação da Av. Washington Luís) de outro, divididas pela Ponte do Socorro. Sendo assim, é um local de passagem diário para milhares de moradores das zonas sul e sudoeste da cidade. O largo também é um dos pontos de acesso a uma das maiores ciclovias da cidade, a do rio Pinheiros. Buscando quantificar a provável grande quantidade de ciclistas que circulariam pelo trecho, o coletivo Bike Zona Sul procurou a Ciclocidade para fazer uma contagem na região.

Como um breve histórico, um corredor de ônibus sem ciclovia foi implantado na Av. Guarapiranga no segundo semestre de 2014, enquanto a Ponte do Socorro recebeu um novo piso asfáltico recentemente e não conta com quaisquer redutores de velocidade. É um convite para que os automóveis pisem no acelerador no principal trajeto usado pelos ciclistas: no período da manhã (6h-12h), por exemplo, 41% dos ciclistas vêm justamente desta avenida, enquanto 50% se destinam à ponte.

O Largo do Socorro é um dos pontos mais complexos onde já realizamos uma contagem, sendo difícil traduzi-lo em palavras ou mesmo em imagens. Mesmo com duas pessoas contando e se ajudando, ciclistas poderiam vir de 6 pontos diferentes, alguns dos quais ficavam parcialmente encobertos pelo grande fluxo de ônibus que atravessam as avenidas. É por tal motivo que o eixo sul, representado pelas Avenidas de Pinedo e Atlântica, teve de ser simplificado na folha de pesquisa como sendo apenas uma origem ou destino; da mesma forma, a pequena rua Alexandre de Gusmão, paralela à ciclovia do rio Pinheiros, teve de ser considerada conjuntamente com a Av. Guarapiranga.

Como um fator extra de complexidade, há uma ciclovia de duas mãos na Av. de Pinedo que se estende quase até o Largo do Socorro, mas não chega a conectar os dois pontos. Marcamos o uso desta ciclovia como um dado extra na folha de levantamento, igual fazemos ao apontar ciclistas mulheres ou ciclistas na calçada. Tal dado, porém, deve ser visto com muita ressalva justamente devido à simplificação do eixo sul descrita acima – embora haja ciclovia apenas na Av. de Pinedo, nos dados da contagem o fluxo de ciclistas desta avenida aparece junto com os da Atlântica.

Isso significa que, caso todos os ciclistas tivessem vindo apenas da Av. de Pinedo, o uso de tal ciclovia seria de 45% – um número vastamente subdimensionado. Já se o fluxo houvesse sido igual para cada via (dividindo 50% de ciclistas para as duas avenidas), o índice subiria para 89%. O segundo valor parece intuitivamente mais próximo ao que testemunhamos, mas ainda deve ser visto somente como um indicativo, pois não há como saber ao certo. Justamente por isso, o respectivo gráfico consta apenas na planilha de dados brutos, e não neste relatório.

Um fator extra registrado nesta contagem é a presença de ciclistas que chegaram ao Largo do Socorro mas voltaram pelo mesmo eixo de origem. Por serem em número substancial (19), estão inseridos no resultado total (971), mas não são considerados nos gráficos de origem/destino (952), uma vez que estes contabilizam obrigatoriamente pontos de origem e destino diferentes.

Finalmente, embora não tenhamos quantificado em números, merece menção o fato de que nos pareceu haver um número expressivo de ciclistas negros e ciclistas na faixa da terceira idade na região.

O método utilizado para a contagem foi desenvolvido pela Associação Transporte Ativo, do Rio de Janeiro (www.transporteativo.org.br). Trata-se de uma planilha com um desenho esquemático do ponto de contagem, com espaços a serem preenchidos com a origem e o destino do ciclista, além de informações complementares, como acessórios, faixa etária, gênero, tipo de bicicleta etc.

 

LOCAL DA CONTAGEM

Canteiro central do Largo do Socorro.

LargoDoSocorro2015 Mapa1

LargoDoSocorro2015 Mapa2

 

RESULTADOS

NÚMERO TOTAL DE CICLISTAS: 971*
Média de ciclistas por hora: 69,36
Média de ciclistas por minuto: 1,16

Número de ciclistas que passaram pelo cruzamento no período de 14 horas

*Este total considera 19 ciclistas que circularam pelo local de contagem mas voltaram pelo mesmo caminho – portanto, para os gráficos de origem/destino o total de ciclistas fica em 952.

LargoDoSocorro2015 FluxoCiclistasPorHora

LargoDoSocorro2015 FluxoCiclistasPorTurno

Horários mais intensos de fluxo de ciclistas:
Período da manhã: de 6h às 8h, totalizando 183 ciclistas
Período da noite: de 16h às 18h, totalizando 205 ciclistas

 

GRÁFICOS – ORIGENS E DESTINOS

LargoDoSocorro2015 FolhaContagemResultado

Ilustração com o total de origens e destinos dos ciclistas.
O total de 952 ciclistas aqui não considera os 19 ciclistas que
circularam pelo local e voltaram pelo mesmo caminho,
computados no valor final.

 

LargoDoSocorro2015 OrigemDestino

 

GRÁFICOS – GÊNERO E FAIXA ETÁRIA

LargoDoSocorro2015 Genero FaixaEtaria

LargoDoSocorro2015 Genero FaixaEtaria Foto

O ambiente agressivo para ciclistas no Largo do Socorro torna a presença de mulheres e crianças/adolescentes uma visão rara.

 

GRÁFICOS – TIPOS DE BICICLETA

LargoDoSocorro2015 TiposDeBicicleta

LargoDoSocorro2015 TiposDeBicicleta Foto

Esta foto ilustra uma situação típica, vivida cotidianamente por inúmeros ciclistas da região: é preciso passar pelo canteiro central para cruzar da ciclovia da Av. De Pinedo para o outro lado do Largo e ter acesso a uma das calçadas mais usadas na Ponte do Socorro, Ciclovia do Pinheiros ou mesmo pegar a via no sentido Guarapiranga. Trata-se de uma travessia demorada devido ao tempo dos semáforos.

 

GRÁFICOS – MODO DE DESLOCAMENTO

LargoDoSocorro2015 ModoDeDeslocamento

LargoDoSocorro2015 ModoDeDeslocamento Foto2

As amplas vias com alto fluxo de veículos e de ônibus, a dificuldade em cruzar para o outro lado do Largo e a quase impossibilidade de atravessar a Ponte do Socorro fazem com que muitos ciclistas prefiram adotar uma postura cautelosa em vez de se arriscarem.

Tal atitude aparece nos números: praticamente a metade (47%) usa a calçada ou a contramão para completar seus trajetos. Cansamos de contar ciclistas que vinham da ciclovia da Av. De Pinedo (foto acima, à esquerda) e cruzavam o Largo pelo canteiro central para pegar a calçada da Ponte do Socorro.

 

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A imagem acima mostra alguns dos trajetos típicos realizados em busca de segurança. Para evitar entrar no meio dos carros na Av. Guarapiranga, há quem prefira usar a calçada, ou mesmo a contramão, para chegar à calçada da Ponte do Socorro e fazer a travessia do rio. No caso de quem vem pela ciclovia de duas mãos da Av. de Pinedo, o percurso mistura-se com o de pedestres ao cruzar o Largo do Socorro.

Outra curiosidade é que, ao longo do dia, dos 89 ciclistas que buscaram a Ciclovia do Rio Pinheiros como destino, 75% eram provenientes do eixo Av. de Pinedo (onde há a ciclovia)/Av. Atlântica.

LargoDoSocorro2015 ModoDeDeslocamento Foto3

LargoDoSocorro2015 ModoDeDeslocamento Foto1

Nas fotos acima, vemos a amplitude das cinco pistas de rolamento na Ponte do Socorro – destino principal dos ciclistas pela manhã (54%) e de onde a maioria se origina à tarde (34%) e noite (53%). Oculto na primeira imagem, mas visível na debaixo, está o corredor de ônibus que vem da Av. Guarapiranga. Era comum ciclistas “brotarem” do meio do tráfego e do mar de ônibus, semi invisíveis.

 

GRÁFICOS – DADOS COMPLEMENTARES

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LargoDoSocorro2015 InformacoesComplementares Foto

 

Realização

CICLOCIDADE – Associação dos Ciclistas Urbanos de São Paulo
www.ciclocidade.org.br
contato@ciclocidade.org.br

Coordenadora geral: Tais Balieiro
Coordenadores locais: Alex Gomes / Paulo Alves

Colaboradores voluntários:
Carlos Augusto
Flavio Soares
Rafael Calabria
Daniel Demeter
Lucas Dezotti
Nicholas Stoppel
Theresia Louise
Marcio Campos
Helena Pacheco
Hamilton Takeda
Kaciane Martins
Alexandre Liodoro
Marcio Salviano

Esta contagem foi feita de acordo com metodologia desenvolvida pela
Associação Transporte Ativo
www.ta.org.br

Logo TransporteAtivo

 

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