Relatório de Contagem de Ciclistas – Vital Brasil 2015
Av. Vital Brasil
Quarta-feira, 12 de agosto de 2015
Das 6h às 20h
Clique para baixar o Relatório de Contagem em PDF. |
INTRODUÇÃO
A Av. Vital Brasil pertence ao Butantã, bairro da Zona Oeste de São Paulo que apresenta grande número de pessoas que já usam as vias principais e secundárias para fugir dos intensos congestionamentos e fazer seus deslocamentos diários por bicicleta.
A região é rota de chegada de habitantes que vêm de municípios próximos como Cotia, Taboão da Serra e Osasco – bem como de bairros como o Campo Limpo -, sendo um caminho para chegar à região central ou à principal universidade pública da cidade, a USP. Assim, importantes rodovias, avenidas, estações de trem e de metrô passam, inevitavelmente, pelo Butantã.
A ideia de fazer a contagem surgiu após a publicação de um vídeo em que ciclistas da região contaram sobre a importância de haver ciclovias nas avenidas Vital Brasil e Corifeu de Azevedo Marques. Embora algumas tenham sido implantadas na região e melhorado a segurança de quem anda de bicicleta, ainda é preciso interligá-las e mesmo expandi-las até as avenidas centrais. A ciclovia da Eliseu de Almeida, por exemplo, não se une à existente na Rua Engenheiro Bianor por apenas um quarteirão.
A contagem de ciclistas na Av. Vital Brasil, realizada em parceria com rede Ciclo Butantã e o grupo Bike Zona Oeste, faz parte de uma série de levantamentos realizados em áreas próximas como os da Av. Eliseu de Almeida e Av. Faria Lima, que já possuem estrutura cicloviária e histórico de acompanhamento, e Ponte da Cidade Universitária, sem ciclovia e cuja primeira contagem aconteceu em 2015. Na verdade, o local desta pesquisa é praticamente ao centro dos outros três.
O método utilizado para a contagem foi desenvolvido pela Associação Transporte Ativo, do Rio de Janeiro. Trata-se de uma planilha com um desenho esquemático do ponto de contagem, com espaços a serem preenchidos com a origem e o destino do ciclista, além de informações complementares, como acessórios, faixa etária, gênero, tipo de bicicleta etc.
LOCAL DA CONTAGEM
Avenida Vital Brasil, altura do metrô Butantã.
RESULTADOS
NÚMERO TOTAL DE CICLISTAS: 758
Média de ciclistas por hora: 54,14
Média de ciclistas por minuto: 0,9
Número de ciclistas que passaram pelo cruzamento no período de 14 horas
Horários mais intensos de fluxo de ciclistas:
Período da manhã: de 8h às 10h, totalizando 131 ciclistas
Período da noite: de 16h às 18h e 18h às 20h, totalizando 122 ciclistas cada
GRÁFICOS – ORIGENS E DESTINOS
Ilustração com o total de origens e destinos dos ciclistas.
GRÁFICOS – GÊNERO E FAIXA ETÁRIA
Mesmo com um ambiente agressivo ao ciclista e grande fluxo de veículos motorizados, o número de mulheres em bicicleta chega a ser semelhante a contagens feitas em ciclovias, em especial as recém implantadas. Existem alguns motivos possíveis para isso, como a proximidade com a Universidade de São Paulo (nota-se a queda em horários de aula à tarde), o bicicletário da estação Butantã do Metrô ou mesmo as ciclovias da Av. Eliseu de Almeida e da USP, que terminam nas proximidades.
Conectar tais ciclovias a uma via principal traria segurança a todos os modais envolvidos. Além disso, o ponto de contagem escolhido é um importante acesso à ponte Eusébio Matoso, como pode ser observado nos gráficos de origem e destino.
Acima, a ciclovia na Rua Engenheiro Bianor, que leva à USP, e o
bicicletário do Metrô Butantã, ao lado do ponto de contagem.
GRÁFICOS – TIPOS DE BICICLETA
Mulher em triciclo no período da noite.
GRÁFICOS – MODO DE DESLOCAMENTO
A Pirajussara é uma rua de mão única com faixa exclusiva de ônibus, que dá
acesso à Rodovia Raposo Tavares e à ciclovia da Av. Eliseu de Almeida. O
resultado é que muitos ciclistas usam a calçada ao passar por ali.
O trecho onde ocorreu a contagem na Av. Vital Brasil possui um número expressivo de comércios e serviços, como bancos, supermercados e restaurantes, gerando grande fluxo de pedestres e ciclistas. Além disso, das 5 vias que convergem para o local, 2 são de mão única, obrigando o ciclista a usar a calçada ou mesmo a trafegar pela contramão. Tais atitudes são refletidas nos gráficos: ao todo, 17% dos ciclistas andaram pela calçada e 9% pela contramão.
GRÁFICOS – DADOS COMPLEMENTARES
Realização
CICLOCIDADE – Associação dos Ciclistas Urbanos de São Paulo
www.ciclocidade.org.br
contato@ciclocidade.org.br
Coordenadora geral: Tais Balieiro
Coordenadores locais: Fabio Miyata e Rachel Schein
Colaboradores voluntários:
Leticia Freire
Pedro Peron
Bruno Meira
Hamilton Takeda
Daniela Muramatsu
Frederico Pinto
Juliana Maggi
Helena Pacheco
Thaís Oewel
André Pimenta
Pedro Rittner Valente
Esta contagem foi feita de acordo com metodologia desenvolvida pela
Associação Transporte Ativo
www.ta.org.br