Ciclocidade – Retrospectiva 2021

Revisão do PDE, atuação em importantes licitações, audiência sobre a malha cicloviária e continuidade nos trabalhos de incidência no território marcaram o ano na associação

O ano de 2021 foi de muito trabalho, crescimento e novidades na Ciclocidade. Em São Paulo, o processo de revisão do Plano Diretor Estratégico e a audiência pública sobre a expansão da malha cicloviária até 2024 exigiram fiscalização, participação e articulação. 

A associação ainda atuou com propostas para intermodalidade em duas Parcerias Público-Privadas bilionárias, compôs uma chapa completa no Conselho Municipal de Política Urbana (CMPU) e concentrou muitos esforços na luta por uma cidade mais democrática e menos desigual. 

Separamos abaixo o que de mais importante aconteceu. Confira:

Calendário Ciclo

365 dias, 365 artes, 365 mensagens de respeito aos ciclistas: o ano de 2021 começou com o lançamento do Calendário Ciclo, um perfil no Instagram idealizado pela Ciclocidade e feito em parceria com a agência de publicidade Crispin Porter + Bogusky. O objetivo do projeto foi estimular a reflexão por parte dos motoristas em relação ao compartilhamento das vias com modais de transporte ativos.

Rodas de conversa e planejamento 2021

As tradicionais Rodas de Conversa organizadas pela associação aconteceram mensalmente de fevereiro a dezembro, com exceção do mês de outubro. Os encontros são um espaço livre para debates sobre a bicicleta na cidade e ocorreram em ambiente virtual.

Também de forma online, aconteceu em 13 de fevereiro a reunião anual de planejamento, que contou com um balanço do ano anterior e um debate sobre as pautas da Ciclocidade para 2021.

Auditoria: ciclofaixa do Viaduto Nove de Julho

Foto: Giuliana Pompeu

Um dia antes, 12/02, realizamos em parceria com a Cidadeapé uma auditoria na ciclofaixa do Viaduto Nove de Julho. Na ocasião, em que estiveram presentes técnicos da CET, insistimos no uso de uma das faixas de rolamento para a construção de uma ciclovia adequada à velocidade da via e cobramos mais diálogo com organizações da sociedade civil e nos espaços institucionais.

Plano Diretor Estratégico: a necessidade de um processo democrático de participação

Em março, a Ciclocidade foi uma das diversas organizações que, preocupadas com a condução da revisão do Plano Diretor Estratégico de São Paulo durante o cenário de pandemia, assinaram uma carta-aberta ao então Prefeito Bruno Covas (em memória) para que o processo fosse realizado de forma clara, aberta e transparente. O documento, intitulado “Revisão Democrática do Plano Diretor de São Paulo: Pactuando as Regras do Jogo”, pode ser conferido neste link. O movimento foi capitaneado pelo Instituto de Arquitetos do Brasil – SP.

Frente São Paulo Pela Vida

No fim do mês de abril, nasceu a Frente São Paulo Pela Vida, da qual a Ciclocidade também fez parte. O movimento, na época composto por mais de 300 entidades (atualmente, mais de 500), foi criado para reivindicar que a prefeitura concentrasse seus esforços no combate à pandemia e adiasse o processo de revisão do Plano Diretor Estratégico. 

No fim de outubro, após meses de mobilização da Frente, recomendações da Defensoria Pública e do Ministério Público de São Paulo, da atuação dos conselheiros da sociedade civil do Conselho Municipal de Política Urbana (CMPU), a Secretaria Municipal de Licenciamento (SMUL) anunciou que a revisão do PDE seria adiada para 2022, podendo ser prorrogada por mais 12 meses. 

No início de dezembro, contrariando o que havia sido decidido, a Prefeitura encaminhou à Câmara Municipal o PL 742/2021, que previa apenas a prorrogação da revisão para 2022, sem que o CMPU definisse as regras de participação. O PL foi aprovado no dia 9/12 e a lei sancionada em 16 de dezembro. Com isso, a revisão do PDE acontecerá até o mês de julho de 2022.

Agenda Municipal 2030 (Comissão Municipal ODS)

Em maio, foi publicada a Agenda Municipal 2030, com a municipalização dos 17 Objetivos para o Desenvolvimento Sustentável (ODS) para São Paulo e suas respectivas 169 metas. A Ciclocidade é conselheira da Comissão Municipal ODS, representada por Jaqueline David, e membra da Câmara Temática que discute questões urbanas.

O principal resultado da nossa atuação aparece no item 11.2, que assume a meta estabelecida no PlanMob, de chegar a 3,2% de viagens em bicicleta até 2028 e cria indicadores para esse monitoramento. A discussão da meta foi feita em um Grupo de Trabalho, do qual participaram Secretaria Municipal de Mobilidade e Trânsito (SMT), Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), Ciclocidade, Multiplicidade Mobilidade, Centro de Pesquisa e Documentação de História Contemporânea do Brasil (CPDOC), entre outros. O principal avanço é que a CET e a SMT se propuseram a criar uma forma de monitorar o aumento de viagens sem depender exclusivamente da Pesquisa Origem e Destino do Metrô, feita a cada 5-10 anos. 

Na Agenda 2030, o indicador relacionado a bicicletários tem como fonte um levantamento realizado pela Ciclocidade, o Caderno Melhores Práticas em Bicicletários (este trabalho, no mês anterior, foi citado como uma das referências a serem consultadas para a Chamada de Mobilidade Urbana Sustentável, edital do BNDES – Banco Nacional do Desenvolvimento).

O documento final da Agenda 2030, publicado em 31/05/2021, pode ser lido neste link

Projeto Conexões Territoriais

A metodologia de incidência local da Ciclocidade, que começou a ser desenhada em 2020 com os projetos “Diálogos sobre Rodas” e “Transposições Locais”, deu mais um passo em 2021 com o Projeto “Conexões Territoriais”, apoiado pela Fundação Rosa Luxemburgo. Ele teve como base uma série de cafés-encontros online com moradores dos bairros de Ermelino Matarazzo, Itaim Paulista e Guaianases, na zona leste de São Paulo.

Os debates contaram com a participação de articuladores locais e culminaram em seis oficinas-formações, também realizadas virtualmente entre os meses de junho e julho:

Todas as trocas de experiências resultaram na produção do Caderno de Discussões e Escutas do Projeto Conexões Territoriais, que foi lançado em evento online no dia 29 de novembro. Você pode conferir neste link como foi o lançamento.

Plano de Ação Climática da cidade de São Paulo e início dos trabalhos do projeto do iCS

A Ciclocidade participou de uma das oficinas temáticas promovidas pela Secretaria Municipal do Verde e do Meio Ambiente (SMVA) e da C40, iniciativa criada para promover ações com o objetivo de combater as mudanças climáticas. A atividade ajudou a emplacar a meta de aumento de viagens de bicicleta – o PlanClima, lançado em junho, puxa ainda mais os 3,2% previstos no PlanMob. As novas metas são de 4% até 2030 e 8% até 2050.

Também em junho, iniciamos os trabalhos do projeto do Instituto Clima e Sociedade (iCS), que consiste em auxiliar a Prefeitura de São Paulo a criar um monitoramento das viagens de bicicleta com base em dados de contagens de ciclistas e do Strava Metro. O trabalho está sendo feito em parceria com a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) e a Secretaria Municipal de Mobilidade e Trânsito (SMT) e terá desdobramentos no ano de 2022.

Ciclodebates

Em 28 de junho aconteceu o primeiro de cinco Ciclodebates online promovidos em parceria com a Embaixada Real da Dinamarca no Brasil. As conversas foram sobre como estimular o uso da bicicleta e as políticas públicas necessárias para fomentar o ciclismo:

*Em decorrência de problemas técnicos, os Ciclodebates 3 e 5 não foram gravados.

Grupo de Trabalho CicloMapa

Em julho foi criado mais um GT. Dessa vez, com o intuito de mapear a rede cicloviária para o CicloMapa / OpenStreetMap. A iniciativa será extremamente útil para todas as modelagens de transporte que usam o OSM como base e para o cálculo do indicador “PNB – People Near Bikelanes”, realizado pelo Instituto de Políticas de Transporte e Desenvolvimento (ITDP) junto à União de Ciclistas do Brasil (UCB).

Novo site e comunicação

Com o objetivo de melhorar a comunicação com associadas, associados e o público em geral, iniciamos em 2021 um processo de modernização do site da associação – exclusivamente para esse fim, foi criado um Grupo de Trabalho. Realizamos também um edital para prestação de serviços de comunicação para que a Ciclocidade possa divulgar com cada vez mais transparência os projetos em que está envolvida.

Comunidades Escolares que Pedalam

O projeto Comunidades Escolares que Pedalam foi realizado em escolas públicas da zona sul de São Paulo, principalmente na região do Grajaú. Para a iniciativa, foram escolhidas unidades escolares localizadas a uma distância pedalável de estações da CPTM equipadas com bicicletários.

O principal objetivo foi estimular o uso da bicicleta em combinação com o trem para, desta forma, se beneficiar da intermodalidade. A estratégia foi levar a bicicleta para dentro das escolas de diversas formas: atividades práticas nas aulas de educação física, debates sobre direito à cidade e mobilidade dentro das salas de aula, além de oficinas em parceria com o coletivo Mão na Roda.

Veja aqui o vídeo do projeto.

As desigualdades do sistema cicloviário

Também em agosto, foi publicado um texto do Centro de Estudos da Metrópole – USP sobre as desigualdades na implantação da malha cicloviária de São Paulo. O material destaca que, atualmente, a infraestrutura para ciclistas equivale a 37,8% da meta de 1.800 quilômetros prevista em três planos estabelecidos pela prefeitura para 2028. A Ciclocidade defende que a implantação da malha restante tenha início nas regiões onde as desigualdades são maiores. Leia o texto na íntegra.

Plano Nacional de Redução de Mortes e Lesões no Trânsito 2021

O PNATRANS foi publicado em setembro, mês da mobilidade. O plano traça diretrizes e metas para a redução de mortes no trânsito até o ano de 2030. A Ciclocidade e a UCB fizeram uma série de sugestões ao documento e a maior parte delas foi incorporada ao texto final, que pode ser acessado neste link.

Café-Encontro no território Noroeste de São Paulo

No dia 18 de setembro, realizamos em parceria com o Pedal na Quebrada um debate sobre a mobilidade no território noroeste de São Paulo. O encontro virtual teve como objetivo garimpar assuntos e estimular reflexões para incidência política sobre a mobilidade urbana da região.

Conselho Municipal de Política Urbana (CMPU)

Toni Zagato e Juliana Trento, representantes da Ciclocidade na cadeira de mobilidade urbana do Conselho Municipal de Política Urbana (CMPU)

2021 foi o ano de, pela primeira vez, representantes da Ciclocidade comporem uma chapa completa na cadeira de mobilidade urbana do CMPU, um dos colegiados mais importantes de São Paulo.

Ocupam os postos, até 2023, Toni Zagato e Juliana Trento. Uma conquista que veio em um período importantíssimo e cheio de desafios, principalmente em decorrência da revisão do Plano Diretor Estratégico.

Chegamos ao Supremo, mas a mobilidade ativa perdeu

O mês da mobilidade terminou com a notícia de que Ação Civil Pública (STF: RE 1331777/SP) movida pela Ciclocidade em 2017 – no contexto do aumento das velocidades das Marginais Pinheiros e Tietê, proposta pelo então prefeito João Dória, seu vice Bruno Covas (em memória) e assinada pelo então secretário de mobilidade e transportes, Sérgio Avelleda – foi julgada e rejeitada pelo Supremo Tribunal Federal. 

A Ciclocidade, apesar da significativa derrota, continuará na luta por um trânsito mais seguro junto a diversos parceiros. Leia a nota completa sobre o caso.

Rodas de Conversa – A cor da mobilidade

ITDP Brasil, Pedal na Quebrada e Ciclocidade promoveram, no mês de outubro, três rodas de conversa para discutir e refletir sobre como os sistemas de mobilidade urbana são atravessados pelo racismo estrutural. Os encontros podem ser assistidos na íntegra nos links abaixo: 

O RioOnWatch, projeto que tem como objetivo dar visibilidade às histórias das favelas do Rio de Janeiro, fez a cobertura jornalística dos três eventos. Confira as matérias: Roda 1, Roda 2 e Roda 3.

Atuação da Ciclocidade em duas licitações bilionárias

A associação contribuiu com propostas voltadas à intermodalidade em duas Parcerias Público-Privadas bilionárias: a da administração dos terminais de ônibus da capital e também das linhas Esmeralda e Diamante da CPTM. 

Para a dos terminais de ônibus, as sugestões tiveram como base a publicação sobre melhores práticas em bicicletários, além de uma observação dos dados de uso dos 11 bicicletários já existentes. Praticamente todas foram incorporadas ao edital. 

Na PPP das linhas de trem, fizemos um mapeamento das estações que passariam por reforma e sugerimos a inclusão de bicicletários, caso não o tivessem. Também sugerimos a instalação de paraciclos em todas as estações e o fornecimento de dados para monitoramento contínuo do uso. 

Veja aqui a matéria completa.

Fórum Innovate4Cities

No dia 15 de outubro, Jô Pereira, Diretora Geral da Ciclocidade, participou de um painel no Fórum Innovate4Cities, realizado pela UN-Habitat e o Pacto Global de Prefeitos pelo Clima e Energia (GCoM). O evento teve como objetivo principal capacitar as cidades para o combate à emergência climática. 

Assista aqui o painel na íntegra.

Consulta pública: Ações 2021-2024 do Plano de Segurança Viária

Em uma mobilização feita em curto prazo (um final de semana), a Ciclocidade ajudou a impulsionar a divulgação da consulta pública do Plano de Segurança Viária em seus canais de comunicação. Cerca de 300 sugestões foram feitas durante o período no documento que é dividido em seis eixos principais: Gestão da Segurança Viária; Mobilidade Urbana, Desenho das Ruas e Engenharia; Legislação e Fiscalização; Gestão das Velocidades; Atendimento e cuidado pós-acidente; Comunicação, educação e capacitação.

Bicicultura 2021

O Festival Bicicultura aconteceu de forma virtual entre os dias 26 e 30 de outubro. No dia 29, Jô Pereira participou do painel “Descolonizar a rua é nosso giro”. O encontro foi mediado por Sheila Hempkemeyer e teve mais duas convidadas: Jaque David (Giro Preto) e Luise Reis (Coordenadora do GT Gênero da UCB). 

Assista neste link.

As vias mais perigosas para pedestres e ciclistas (2016-2020)

Às vésperas da audiência pública sobre as ciclovias de São Paulo, preparamos um mapa interativo com as vias mais perigosas para pedestres e ciclistas na cidade. Nele, constam também as propostas da Prefeitura para a expansão da malha cicloviária no período 2021-2024.

Os dados são de estudos que fizemos junto à Cidadeapé utilizando informações da CET. 

Veja aqui todas as informações. 

Em 26 de dezembro, o estudo foi destaque em uma matéria na Folha de S. Paulo.

Carta aos governos na COP26

A Ciclocidade, junto a outras organizações de todo o mundo, assinou uma carta que cobra o comprometimento por parte dos líderes governamentais em políticas que incentivem o uso da bicicleta no combate às mudanças climáticas. A carta é uma iniciativa da European Cyclists‘ Federation e foi entregue durante a vigésima sexta sessão da Conferência das Partes (COP26), realizada em Glasgow, na Escócia. 

Leia a carta na íntegra.

Marina, presente!

Foto: Priscila Costa

Um ano após o brutal atropelamento da cicloativista e pesquisadora Marina Harkot por um motorista que dirigia embriagado e em alta velocidade, diversos eventos celebraram sua memória. 

As homenagens começaram na sexta-feira, 5 de novembro, com a inauguração da Sala de Estudos Interdisciplinares – Marina Kohler Harkot, na Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) da USP. À noite, aconteceu um sarau online, organizado pelo Movimento Pedale Como Marina – iniciativa de familiares, amigos e de Felipe Burato Romero, seu companheiro. 

Durante o fim de semana, ciclistas das cinco regiões do Brasil pedalaram por Marina, suas ideias, sonhos e o incrível legado que ela nos deixou. Veja em nosso site a matéria completa.

Mobilidade antirracista

No Dia da Consciência Negra, lançamos o primeiro de uma série de vídeos abordando as diferentes vertentes do Racismo. Abrimos nossos canais e convidamos algumas pessoas a falar sobre como ele pode ser visto em nossa sociedade e como revela as desigualdades sociais e diferenças de oportunidade.
Confira em nosso canal os quatro vídeos lançados até agora.

Audiência pública sobre a expansão da malha cicloviária de São Paulo

A audiência pública sobre a expansão da malha cicloviária de São Paulo teve início no dia 27 de outubro mas, por problemas técnicos, só foi retomada em 17 de novembro. A escassez de infraestrutura nas periferias e a urgência de conexões entre subprefeituras foram temas destacados entre os participantes no evento, que ocorreu em ambiente virtual. 

Veja em nosso site quais foram as principais propostas levadas pelos ciclistas da capital.

Aprovação de projeto junto à Global Road Safety Partnership (GRSP)

Em novembro, tivemos a aprovação de mais um projeto, desta vez, junto à GRSP. A proposta do trabalho, em parceria com o IME-USP, é criar um caso com base em São Paulo sobre fiscalização voltada para as velocidades médias. Em âmbito nacional, atuaremos com a UCB.

Encontros com motoristas de ônibus

Nos dias 7 e 15 de dezembro participamos de atividades com motoristas de ônibus na Cidade AE Carvalho (ZL) e na região do Capão Redondo/Campo Limpo (ZS). 

Em ambos os encontros, após conversa entre os presentes, aconteceram dinâmicas de inversão de papéis no trânsito: os motoristas foram posicionados em bicicletas estáticas enquanto outros condutores passavam de ônibus a menos de 1,5m de distância. Nos vídeos, há depoimentos de como foi, para eles, sentir algo próximo ao que passamos no dia a dia em São Paulo.

Ciclistas também puderam entender melhor, de dentro dos veículos, quais são os pontos cegos existentes para quem dirige os ônibus da cidade.
Confira aqui os vídeos feitos por Rachel Schein no encontro do dia 15/12. A Renata Falzoni também produziu um vídeo sobre as “finas educativas” em outra atividade similar da qual a Ciclocidade participou. Assista aqui.

Eleições para o CMTT

No início de dezembro foram abertas as inscrições para as eleições de conselheiras e conselheiros que irão ocupar a próxima legislatura do Conselho Municipal de Trânsito e Transporte (CMTT)

Enquanto nos alinhávamos internamente para a composição de uma chapa, fomos surpreendidos por uma exigência absurda por parte da Prefeitura de São Paulo: para a candidatura ser validada, era necessário possuir o Cadastro Municipal Único de Entidades Parceiras do Terceiro Setor – CENTS.

O pré-requisito obviamente limitaria a participação de diversas entidades. É importante observarmos, inclusive, que o CENTS tem uma função específica para entidades do terceiro setor que prestam serviços para a prefeitura, o que não é o caso de um conselho participativo. 

A Ciclocidade, junto ao Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec), iniciou um movimento para cobrar explicações da prefeitura e também da Secretaria Municipal de Mobilidade e Trânsito. O caso também foi levado à imprensa em matéria da Rede Brasil atual.

O edital foi reaberto pela prefeitura e não exigirá mais o CENTS para a candidatura das chapas. As inscrições poderão ser feitas entre os dias 23 de dezembro e 9 de janeiro. 

Veja aqui todas as informações.

12 anos da Ciclocidade no podcast Bicicleta e Companhia

Foi ao ar no dia 16 de dezembro um episódio do podcast Bicicleta e Companhia sobre os 12 anos da Ciclocidade. A conversa foi com a nossa Diretora Geral Jô Pereira e as associadas Aline Cavalcante e Cyra Malta.

Elas falaram sobre a questão de gênero dentro da associação (e a grande importância de Marina Harkot no assunto), a participação das mulheres no cicloativismo, além do olhar para o panorama social e racial da bicicleta em São Paulo. Ouça no Spotify.

Metas climáticas em grandes cidades do mundo

Atualmente, a Ciclocidade está finalizando uma pesquisa de benchmarking de como algumas grandes cidades do mundo (Londres, Nova Iorque, Cidade do México e Paris) incorporaram a bicicleta ao estabelecerem suas metas climáticas e como estão fazendo os seus respectivos monitoramentos de aumento de viagens de bicicleta. O trabalho está sendo feito pelo projeto junto ao iCS e em breve faremos uma rodada de apresentação aos associados antes do fechamento do caderno.

Similar Posts