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Viadutos e pontes das Marginais do Pinheiros e Tietê terão ciclovias

Prefeitura de São Paulo também vai construir ciclopassarelas paralelas às vias já existentes da capital

Por Rafael Italiani e Diego Zanchetta

SÃO PAULO – A Prefeitura de São Paulo vai criar ciclovias em viadutos e pontes das Marginais do Pinheiros e do Tietê neste ano. O projeto-piloto será implementado na Ponte da Casa Verde, na zona norte da capital, com uma ciclovia de dois sentidos, sobre a calçada, na pista sentido centro do viário. De acordo com o secretário municipal de Transportes, Jilmar Tatto, o programa completo será apresentado nesta semana.

“Vamos fazer um piloto na Ponte da Casa Verde, levantar o piso para pedestre, melhorar a sinalização e colocar o pisca-pisca (iluminação)”, disse Tatto na manhã desta segunda-feira, ao chegar à Prefeitura de bicicleta, após pedalar sete quilômetros entre a sua casa, na Vila Mariana, zona sul, e o Edifício Matarazzo, no centro, sede da Prefeitura. No Dia Mundial Sem Carro, o prefeito Haddad também pedalou para trabalhar.

A ciclovia da Ponte da Casa Verde interligará a zona norte ao centro. A travessia se conectará às faixas do canteiro central da Avenida Brás Leme e às vias da Barra Funda, do Bom Retiro e de Campos Elísios, a partir da Rua dos Americanos.

Haddad também construirá passarelas para ciclistas sobre os dois rios que cortam a capital, paralelas aos viários já existentes. “O estudo já está pronto e o que está faltando agora é o projeto de onde se precisa construir as ciclopassarelas”, acrescentou Tatto.

A Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) informou que realizou um mapeamento de pontes e viadutos ao longo das Marginais que comportam a construção das estruturas paralelas aos viários.

Entre os locais identificados estão as Pontes da Freguesia do Ó e do Piqueri, na Marginal do Tietê, e as Pontes Cidade Universitária, Cidade Jardim e do Socorro, sobre a Marginal do Pinheiros.

Demanda. Um plano viário para facilitar a travessia nas Marginais é demanda antiga dos cicloativistas. Para Daniel Guth, diretor da Associação dos Ciclistas Urbanos de São Paulo (Ciclocidade), “os viadutos são um dos principais gargalos de mobilidade” em de São Paulo.

“(Os viadutos) segregam socialmente, economicamente e na mobilidade os pedestres e ciclistas. A inclusão (de ciclovias) nesse sistema é importantíssima. São 10 milhões de pessoas vivendo além das pontes.”

Como parte da Semana Nacional de Mobilidade e do Dia Mundial sem Carro, a entidade iniciou o projeto “Adote uma ponte”. Com mais de 20 viadutos mapeados, a intenção é discutir projetos para ciclistas nas estruturas. A associação também pendurou faixas em viadutos de São Paulo.

Promessas. No que considerou um dia “emblemático”, o prefeito Haddad prometeu ciclovias nos 96 distritos da capital. Todas serão interligadas. “Nenhum distrito de São Paulo por mais periférico que seja vai deixar de estar interligado à malha cicloviária”, disse. A meta é implementar 400 quilômetros de faixas até o fim de 2015.

Haddad ainda defendeu a desoneração de IPI, Cofins e ICMS das bicicletas para reduzir entre 20% e 30% o preço das bikes. “Nós estamos na Frente Nacional de Prefeitos pedindo a isenção”, explicou Haddad.

Nesta segunda-feira, 22, ele foi à Prefeitura e voltou para casa de bicicleta. Pela manhã, pedalou acompanhado do senador Eduardo Suplicy (PT) e de cicloativistas. O prefeito levou 35 minutos para percorrer 4,1 km entre sua casa, no Paraíso, zona sul, ao Edifício Matarazzo, no centro.

 

Fonte: O Estado de S. Paulo.

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