Ciclocidade termina primeira etapa de alinhamento interno; segunda reunião acontece este sábado (18/3)
Com a participação de 25 pessoas ao longo do dia, a Ciclocidade realizou no último sábado (11/3) o começo de seu planejamento para 2017-2018.
A reunião foi um grande encontro inicial de alinhamento entre as diferentes visões e expectativas sobre a atuação da associação. Expectativas que de uma forma geral convergem, mas que incitam novas perguntas e discussões que devem ser avaliadas antes de se desdobrarem em ações.
Para completar o planejamento serão necessárias ainda mais duas reuniões abertas – uma para fechar o alinhamento estratégico iniciado e outra para delimitar as estratégias e o plano de ação.
A próxima reunião já está marcada para a tarde deste sábado, 18/3, e contará com a ajuda de uma facilitadora profissional para que haja melhor uso do tempo em conjunto e melhor aproveitamento das discussões.
Para esta semana, a Ciclocidade ficou com a tarefa de sistematizar as grandes questões levantadas neste primeiro encontro, para haver um fechamento, e produzir informações que servirão como insumo para o próximo.
Um resumo sobre o primeiro dia de reunião
Com o objetivo de percorrer três grandes temas ao longo de sábado, o dia começou com um panorama geral sobre o cicloativismo paulistano, o que levou a uma chuva de ideias sobre qual deve ser o foco de atuação da Ciclocidade (ver abaixo).
À tarde, o grupo fez uma breve análise conjuntural sobre o novo cenário político em São Paulo diante da mudança da gestão municipal, mas não houve tempo de entrar a fundo no tema da participação em coalizões de mobilidade.
Ficou claro que seria necessária mais uma reunião, inclusive para fechar os temas abordados pela manhã, então o dia foi finalizado com uma apresentação seguida de discussão sobre as contas e os gastos da associação e o que está no horizonte em termos de financiamentos possíveis.
Uma vez que essas duas questões serão abordadas na próxima reunião de alinhamento, haverá lá um resumo já com novos levantamentos de informações.
Acúmulo sobre o primeiro dia de discussões
Seguem abaixo os principais pontos levantados na parte da manhã sobre os focos de atuação da Ciclocidade. Os pontos estão aglutinados por temas, sem ordem particular, e serão usados como base para a construção da próxima etapa de alinhamento.
- Reconstruir as agendas comuns a partir de um ativismo de diálogo e escuta
- Aumentar representatividade entre ciclistas, considerando diferentes grupos e culturas. Isso significa incentivar, ouvir e dar voz a movimentos regionais e grupos de bicicleta para que a representação seja mais plural. A associação deve atuar pelo coletivo (ciclistas) sem desrespeitar as manifestações individuais.
- Para ser capaz de incluir mais pessoas, a associação deve enfrentar os desafios para que haja efetiva participação feminina, negra, periférica. Deve, também, entender as especificidades relacionadas à mobilidade desses diferentes grupos.
- Fortalecer a articulação, a participação e a mobilização de grupos de coletivos locais e regionais, empoderando ciclistas que estão na articulação.
- Fortalecer relações institucionais pela mobilidade ativa, ser aglutinador. Fortalecer mobilidade ativa em escolas, empresas e universidades.
- Ser uma referência sobre a mobilidade por bicicletas. Produzir dados e informações abertas que busquem qualificar a discussão sobre bicicletas. Tais dados não devem mais apenas quantitativos, mas qualitativos, ouvindo ciclistas de vários lugares. Agir de modo a garantir que os dados sobre bicicletas de São Paulo sejam e permaneçam abertos.
- Manter sua incidência na política, mesmo diante de uma gestão municipal que sinaliza retrocessos. Com isso, melhorar as condições do uso da bicicleta na cidade e a segurança de ciclistas.
- Promover as bicicletas sem esquecer outras demandas sociais, pensando cada vez mais nas questões de desigualdade social e atuando em articulação com outros agentes da sociedade civil, de diferentes territórios. Articular com outros movimentos ações pontuais para discussão sobre direito à cidade. Promover uma cidade democrática por meio das bicicletas. Definir a forma e os limites de atuação na missão da organização.
- Criar uma política de financiamento e ponderar sobre a profissionalização de quem atua da organização, bem como quais as implicações que isso pode ter dentro de um ativismo horizontal. Avaliar os modelos possíveis.
- Agir de modo a conseguir mais associadas/associados, mas refletindo sobre qual seu papel na associação – sustentabilidade financeira, participação nas atividades, representatividade?
Segunda Reunião Geral de Alinhamento Estratégico
Sábado, 18/3, das 14h às 18h30. Na sede da Ação Educativa, rua General Jardim, 660 – Vila Buarque.